ESCREVER É DO FUNDO DA ALMA

Escrever é uma arte da nossa emoção, do nosso vivenciar no dia a dia, das emoções sentidas, do olhar que capta as belezas da vida, através da natureza: céu, terra e mar, com tudo que lhes pertencem.

A escrita, quando elaborada com sentimento e emoção da alma humana, torna-se mais suave, leve e muito mais compreensível do que, quando se escreve baseado em regras, ditames, que a meu ver não contribuem em nada, para a compreensão dos leitores, no que verdadeiramente o autor pensou ou quis dizer, com todo aquele parafraseado.

Muitos escritores, ainda desconhecidos do grande público leitor, se esmeram para contar suas histórias, procurando regras e normas ditadas por esse ou aquele autor, por esse ou aquele poeta, quando na realidade deveriam contar suas histórias, com suas verdades, com suas paixões, com seus amores, sem maiores inovações. A verdade de cada um, só quem é o dono da verdade pode conduzi-la bem, pode expressar o sentimento daquilo que vivenciou, viu ou ouviu.

É muito importante descobrirmos a nossa maneira de pensar e expressar, através da escrita toda a nossa verdade, todo o nosso sentimento, a nossa maneira de sentir e ver as coisas, durante toda a nossa trajetória, pela terra, o nosso mundo terreno. Como bem o disse a escritora norte americana, Natalie Goldberg: “A escrita é um caminho para nos encontrarmos e nos aproximarmos de nós mesmos”.

O que estou a escrever, não é uma apologia a escrita errada, de lacunas evasivas, sem conteúdo acadêmico e erros gritantes, que ofuscam as mais simples aplicações de nossa gramática; falo da simplicidade e clareza que um texto deve portar, para compreensão daqueles que podem e devem usufruir desse meio de divulgação de todas as culturas, que nos são expostas através da escrita. Bendita escrita, bendito seja o seu inventor.

Escrever é o bem maior de um povo, não há distinção de liberdade para a escrita entre classe, raça ou cor. Escrever é democrático e não há fronteiras entre um tema e outro. Escrever transcende fronteiras geográficas. Não há um divisor entre quem escreve e quem lê. O sonho de escrever é para todos e a boa escrita é para quem se deixa transpirar em emoção e sentimento do fundo de sua alma.

Rio, 28 de março de 2009

Feitosa dos Santos