Ilusão de Ótica
Desde pequeno Hugo Pedro ajudou seu pai no açougue. Levantava cedo, todos os dias, com sol ou com chuva, no inverno ou no verão, e era o dia todo uma labuta só! A freguesia era boa e fiel. Em breve, construíram um bom patrimônio. Mas a despesa da casa era também de bom tamanho, pois muitos eram os membros da família.
Mas não é que o dinheiro economizado, dia após dia, foi suficiente para construir um império, ou melhor, um cinema? E vieram depois mais dois cinemas!
Aí é que tudo melhorou mesmo! As notas e moedas eram levadas para casa, em sacos de aniagem!
E assim foi por muito tempo até que um dia o pai de Hugo Pedro faleceu. E a família partiu para o inventário, complicado por sinal.
Hugo Pedro assumiu a administração dos bens deixados pelo pai, alegando que todo aquele montante teve o “dedo” dele. Pôde ter vida mais tranqüila, passear e conhecer lugares novos. Até de viagens mais longas ele pode participar.
Um dia, Hugo Pedro foi convencido a fazer uma excursão ao Egito. Tanta coisa bonita ele via por aquelas regiões! Foram vários dias de passeio a lugares talvez nunca sonhados, degustando comidas diferentes, estando com pessoas que falam línguas desconhecidas!
Não poderia deixar de visitar uma das sete maravilhas do mundo antigo, a única que sobrevive até nossos dias: a Grande Pirâmide de Quéops, em Gizé, construída em 2 500 A.C., que fica a 16 Km de Cairo. E ele conheceu as três pirâmides: a maior - a de Quéops, a do meio que pertenceu a Quéfren e a menor - a de Miquerinos. Viu, também, a Esfinge com seu “olhar perdido no horizonte”.
Chegando ao Brasil, seus amigos, curiosamente, fizeram muitas perguntas. Mas ao perguntarem sobre as pirâmides, Hugo Pedro foi enfático:
- Não, das pirâmides não gostei nada! É coisa velha demais!