Considerações finais!

O mundo inteiro tem acompanhado de suas salas, os lamentos do cativeiro que se formou diante do horror dessa guerra, e não sabemos onde isso vai parar.

De suas cadeiras opostas, protegidos por diplomacias divinas, grandes líderes assinam ordens em papéis que assassinam inocentes em “terras prometidas”. Depois, em nome, não sei de quem, seguem para chorar lágrimas de crocodilo diante de um muro das lamentações. Por outro lado, com a cara no chão das sinagogas, outros se conscientizam que, foi tudo em nome de seu deus e que estão perdoados!

Quando tudo acabar, ou melhor, quando acabar com tudo e restar da terra que "mana leite e mel", somente o perfume dos cadáveres decompostos espalhados pelo chão, sob os muros de faixas não mais incômodas, finalmente, serão recompensados. Bravo!

Congratulações aos honoríficos! Fizeram muito bem os seus trabalhos, determinando que, podem matar indiscriminadamente, flagelar nações inteiras ou aos pedaços, isso não importa. Vai depender apenas da potência de seus tanques ou da prepotência de seus inflamáveis egos.

Talvez com o suave aroma de pólvora que sobem as suas narinas soberanas, sintam-se incitados a plantar sobre terras regadas com sangue dos filhos que, não vingaram, lavados com lágrimas de pais que não puderam protegê-los.

E os olhares de escárnio, contemplam o próprio céu, iluminado por artificiais explosões de estrelas letais, é a hora de colheitas fartas da riqueza expostamente morta sob destroços holocáusticos. Que belo fruto!

Onde está o resto do mundo que, inerte, não impõe limites a essa história? Não vêem que no final, não haverá mais nada para contar além dos mortos? Será que é aprazível tal consagração?

Deia Martins
Enviado por Deia Martins em 29/01/2009
Reeditado em 31/01/2009
Código do texto: T1410453
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