Como sentir saudades?

Deveria haver uma regra ou algo parecido, que nos ensinasse a sentir saudades. Certamente levaria todos a uma busca incessante do “saber”, no intuito de lancinar de vez tal pesar.

Grandes autores e poetas no decorrer da nossa história, traduzem por milênios, verdadeiras expressões de sentimentos, não limitando-se apenas ao descrever, mas em sua totalidade, identificar a plenitude do sentir,mas quanto a lidar com ela só temos a inópia de informações.

Dualidades constantes, soltas no correr da “pena”, desenvolvem nas mentes humanas, o desejo não só de identificar sentimentos, pressuposto que, numa esfera de controvérsias e vulgarização de tantos “sentir”, o homem cada vez mais se distância da essência que está contida em cada emoção, não distinguindo, entre delírios de começo e tormentas de fim, ou até mesmo a suave brisa da consistência.

Não é incauto afirmar que o amor, ele que nas suas muitas formas, é uma das mais altas prerrogativas que temos, contudo, é nítido que seus sintomas se tornam de difícil diagnóstico, no sentido em que está flabelado e é necessário sapiência para distinguir o que realmente está proposto sob tantos termos exibíveis.

Diante de muitas analises, há quem nos ensine a maneira “mais certa “de plantar, cultivar ou colher sentimentos, uns bons outros nem tão bons, mas no tocante da palavra saudade, o que temos é um silêncio eminente da parte de todos, posto que, tudo que se tem dito, não é mais que mera descrição, isso sim, todos dizem como é, mas ninguém se arrisca a dizer como se relacionar com ela.

Saudade, até mesmo nos dicionários, sua tradução é de forma polida e resignada, afinal é uma palavra que exprime medo, (o ônus da solidão), de certo que, solidão e saudade, são distintos, onde a solidão está diretamente ligada ao mais terrível dos medos, enquanto a saudade é apenas a dor de insculpir em sua alma a insigne importância que outra pessoa deixou na sua vida, e discorde aquele que nunca sentiu saudades!

Em: 09/01/2009

Deia Martins
Enviado por Deia Martins em 11/01/2009
Reeditado em 24/02/2009
Código do texto: T1378445
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