Faleceu no Cruzeiro Universitário
Faleceu por uso de substancias tóxicas em cruzeiro universitário, ao qual não se tem controle nem vigilância suficiente para fiscalizar tantos jovens em constante agito. Vamos falar sério, descanse em paz seja quem for, vamos lá, um sujeito universitário, bem criado, de família no mínimo classe média, afinal, esta indo em um cruzeiro, eu mesmo nunca fui, que teve uma educação no mínimo razoável, acesso a informação, televisão certamente boa, algo como 42 polegadas de alta definição, e boas escolas que não duvido que certamente deram livrinhos educativos sobre doenças sexualmente transmissíveis, drogas, comportamento etc... que seja, mas continuando, o cara ou a cara, viveu muito bem, com acesso a educação, boa moral, família, estudos, e então, resolveu encher a cara, transar na piscina ( Deus, quem nunca teve vontade de fazer isso, que inveja ) aprontar, brincar, e para os mais avançados, sem amor a pele sua ou alheia, se drogar, beber até vomitar, fazer loucuras em um transatlântico juvenil, que para sorte deles, tiveram dinheiro para pagar, só que no percurso, algo deu errado, e pau, alguém morreu por excessos e abusos e tudo que podia e não podia... bem, ai eu entro, a nossa boa mídia, propaganda, bons e questionáveis jornalistas que deveriam sim, servir ao povo, com informações coerentes e educativas, fazem daquilo ali, um fato normal e absurdo, já explico porque, o picadeiro do circo, que garantem reportagem repetitivas e duradouras de horas na televisão, radio e jornais, poluindo nossa informação com algo que bastaria um comunicado: Jovem classe media alta, falece por uso de substancia tóxicas e ponto. Não, não sou insensível, sou solidário ao sofrimento de sua família e amigos, mas coloco aqui outra questão. Tanto se repercutiu pelo nível social dos envolvidos, gente bonita, bacana, se drogando e transando a vontade, o povo gosta de ver isso, o circo montado por ai, afinal, pagantes não faltam. Penso, e se fosse a Maria pretinha, sim, aquela Zé ninguém jogada em um beco qualquer dos muitos existentes em nossas infinitas favelas, que tem 15 anos, negra, sem estudos, jogada na prostituição para sustento de sua família que também não tem informação e acesso a ela, agora, soro positivo, dependente de drogas pesadíssimas, vai acabar morta a qualquer instante no serviço publico de hospitais de nosso pais, sem direito a se quer uma nota pequena no jornal, aqui faleceu Maria Pretinha, sem estudos, pobre, sem amigos, deixa dois filhos aos quais o destino se encarregará, sem mais nada, é o fim de mais uma das milhares existentes na mesma situação. Na verdade então concluo, ou o ser humano é um puta de um lixo que não absorve a dor real necessária e não, não é solidário a bosta alguma, e se interessa pelos detalhes sórdidos, financeiros, ta vendo, o riquinho se fodeu. Ou nosso jornalismo sem generalizar é hipócrita, vulgar, medíocre e desonesto, pois não mostra onde deve mostrar, enfatiza o que não se deve enfatizar, aumenta e enche de flores o corredor que não deve ser enfeitado, e por ai vai, se eu tivesse um diploma de jornalista e fizesse uma matéria extensa deste fato ou outro parecido, deixando de mostrar a real tragédia diária que acontece a todo momento por descuido, desleixo e abandono do sistema e das pessoas, teria vergonha de quem sou, limparia minha bunda com meu diploma, e me entregaria junto a vida da Maria pretinha. Deus abençoe a imprensa.