Final Fatal

O carro se foi, dentro dele vidas misturadas a um choro profundo, melancólico.

O carro seguia pela estrada de terra, poeira baixava á medida que o mesmo se distânciava.

Ao longo da estrada, lembranças frenéticas, um enredo particular se misturava aos soluços incontroláveis.

Quanta dor nos causa a ausência do amor, que um dia existiu, mas que o tempo enterrou, em uma tarde qualquer, uma manhã qualquer, uma madrugada qualquer.

Ah! Como dói esta ausência de sentir o gosto de amar.

Quando acaba, morremos um pouco, por duas vezes morri, mas ainda estou aqui.

Agora tento escrever o que sufoca minha alma, o que atordoa.

Saudade do início.

Ah! o início de tudo é pleno, absoluto.

Mas o fim, este profana a existência.

Questiono-me onde foi a ruptura fatal?

Exatamente como, onde, chegou o banal?

Não sei dizer ao certo, apenas sei que amei!

Julia Lopes Ramos
Enviado por Julia Lopes Ramos em 20/12/2008
Reeditado em 22/12/2008
Código do texto: T1345213
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.