Final Fatal
O carro se foi, dentro dele vidas misturadas a um choro profundo, melancólico.
O carro seguia pela estrada de terra, poeira baixava á medida que o mesmo se distânciava.
Ao longo da estrada, lembranças frenéticas, um enredo particular se misturava aos soluços incontroláveis.
Quanta dor nos causa a ausência do amor, que um dia existiu, mas que o tempo enterrou, em uma tarde qualquer, uma manhã qualquer, uma madrugada qualquer.
Ah! Como dói esta ausência de sentir o gosto de amar.
Quando acaba, morremos um pouco, por duas vezes morri, mas ainda estou aqui.
Agora tento escrever o que sufoca minha alma, o que atordoa.
Saudade do início.
Ah! o início de tudo é pleno, absoluto.
Mas o fim, este profana a existência.
Questiono-me onde foi a ruptura fatal?
Exatamente como, onde, chegou o banal?
Não sei dizer ao certo, apenas sei que amei!