Como Não Apanhar do Pai

Fernando, meu irmão estava com seus nove anos. Era um bom menino. Sempre acompanhava meu pai nas idas à igreja e os dois sempre se deram muito bem. Mas criança de vez em quando faz alguma “arte” e Fernando não fugia à regra.

Um dia, ele cometeu uma falta que meu pai não gostou. Quando o Fernando viu que as coisas não estavam bem para o seu lado, correu procurando refúgio, no quarto da vovó. Ali era um cômodo só de minha avó, que morava na roça, e passava os finais de semana conosco. Lá ela ficava mais à vontade, deixava roupas em cima da cama, da cômoda e até no chão!

Ao entrar no quarto, ficou sem saber o que fazer: se escondia debaixo da cama, se ficava atrás da porta, e eis que chega meu pai para cobrar dele uma explicação. Ele, de cara a cara com meu pai, sentiu-se envergonhado, engoliu a fala e o jeito era tentar se despistar de alguma forma. Ainda bem que havia um pano no chão que ele pegou com rapidez, e segurando-o com as duas mãos, esticou-o na altura do rosto, e se protegeu dos olhares meio zangados do pai. Só que o pano era uma peça íntima de minha avó . E aí ficou engraçado demais, porque meu pai, muito sério, sentiu-se, de repente, com vergonha de ficar frente a frente com aquela enorme calçola. Ele saiu de cena rapidinho e o Fernando se sentiu aliviado. Só não ficou livre de nossos risos que a tudo presenciamos.

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 23/03/2006
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