Tentei Silenciar...
Tentei silenciar... Mas minha mente é um vulcão escaldante a fervilhar, a rotina e os afazeres diários, se tornam ínfimos, diante dessa minha compulsão de expressar-me, de registrar., de viver, de alçar vôos ao inimaginável, sair da mesmice, ousar.
Como sou sabedora que a nossa liberdade se expressa viva e audaz, ao nosso pensar, retomei a esta necessidade íntima de usar as palavras num jogo de compreender e participar de mais universos de pensar e que minutos antes minha rotina, de mãe e responsável por prover e ofertar aos meus o bem estar, dá-se mais uma vez o prazer de se expor, em idéias, em expressões das artes ; ontem voltei a pintar... Hoje, neste momento volto a escrever... O que será que meu “eu” amanhã fará, nesta ânsia de viver...? A musica diz num trecho: Você se engana e eu só quero ficar em paz..., acho que vou mudar de musica... Estou em paz, comigo com os meus, com a vida!
O dia de hoje, 4 de novembro de 2008, coloca-se de formar gritante aos meus olhos, só mais um mês depois deste e, mudamos a data no local onde se lê ano, Mais um ano se passa, e com ele foram acrescentadas em minha vida experiências de várias espécies, nos campos sócio-políticos, sentimentais e vivenciais, algumas bem sucedidas, outras nem tanto... Imponho-me neste momento a auto análise, o balanço anual do “eu” e ironicamente a musica do Ivan Lins diz neste instante “Começar de novo” (escrevo e a musica teima em aleatoriamente chamar-me atenção ao que meu play escolhe...) ave Ivan, a proposta é recomeçar sempre mesmo... nos permitir mudar a cada por do sol que se debruça para que a noite e o repouso se instale e, ao perceber os primeiros raios de sol das manhãs, parar e pensar... O que fazer para que o nosso dia transcorra de forma serena e promissora aos nossos mais ocultos anseios...? É mais uma dádiva para quem tem olhos de ver que a cada dia fazemos de certa forma os re-começos... e, que eles se somam e, que ao final de cada ano, que tem-se o balanço desses re-começos diários...
Pode-se então: - Tirar férias, visitar os familiares que estão distantes dos olhos, mais não do coração; viajar. Há! como é bom viajar, sair da rotina..., Refazer ou melhorar os planos para o ano seguinte, as noites, as manhãs, as tempestades, as calmarias... Abre-se diante de nós mesmos um Universo de possibilidade que só se cumprirão diante do que estamos a fazer no AQUI e AGORA... Caímos neste momento na REAL, a vida
não é Mágica, é uma construção diária do que nós nos permitimos , criar, escolher e
Executar... Vem à mente neste momento o quanto que somos os responsáveis por nossa caminhada ao longo da vida e, neste instante caem por terra a ilusão que na meninice e mocidade fora colocada para nós a possibilidade de que a nossa tão sonhada FELICIDADE, chegaria até nós pelas mãos poderosa de outrem... Como se pudesse existir aqui neste planeta um ser místico/mágico capaz de realizar um trabalho que é nosso... lento e ocasional,. Ela, dona Felicidade, só nos visitará diante de um trabalho executado por nós mesmo, Somos artífices de nossa própria VIDA, seja ela bem sucedida ou não. Só precisamos ter essa consciência e arregaçar-mos as mangas no trabalho diário, construindo nas minúcias , essa possibilidade de todos, sem magias, sem ilusões, mas na racionalizações de nossas vivências diárias, n o pouco que poderá somar-se e fazer um todo, concreto, seguro, alicerçados nos nossos ideais, preenchendo assim o VAZIO que muito de nós descrevemos e não entendíamos a sua existência, o seu porquê...
Sheila
Mestra dos Magos