A relatividade do tempo
A Relatividade do Tempo
Imagina-se que o tempo é capaz de auxiliar na construção de quase tudo:
Há tempo para nascer;
Há tempo para viver;
Há tempo para morrer...
Por esse motivo, precisamos pensar mais seriamente essa nossa relação necessária, o tempo e eu e o “EU” e o Tempo...
Na infância da vida o tempo era o descobrir, o brincar, o aprender a engatinhar, andar, ver, tocar, degustar, escolher, explorar...
Na adolescência, o tempo é mais complexo, o ambiente do aprender é mais no introjetar, escolher, posicionar, emocionar, sentir e ao sentir, necessidade de partilhar; sentimentos e emoções, ideais, revoluções externas e internas; erros e acertos...
E o meio faz a diferença... O tempo executa... o ser amadurece...
Passamos então a correr contra o Tempo... a dimensão temporal ora apresentada quer de nós uma frase pronta, um comportamento adequado, uma posição política e social definida, uma relação assumida e casamos com o oposto e o tempo... assume-se responsabilidades. O tempo de antes uma ocorrência natural e quase que sem “importância” tem um peso considerável! Reclamamos que falta tempo... Falta tempo?! Ou faltamos nós com o tempo...
Vem à tona novamente a nossa mania de atrelar a outros a nossa desorganização, e o tempo passa ser a maior vítima das proposições nossas que não foram planejadas, executadas e observadas e, perderam–se no tempo já que o acaso, não existe!
Aí deixa de ser o tempo e eu e passa a ser “EU” e o tempo... Os filhos crescem, a tecnologia avança, a saúde dá um salto!(mortal... É a ação do tempo e das leis). Os cabelos branqueiam, a idade chega aos 45, o peso aos 65, e mente aos 100, os minutos são reavaliados, o segundos fazem a diferença e a correria lá fora, ajuda a nos entendermos com o tempo, nesse instante o tempo passa a ser precioso, utilizado criteriosamente, avaliado, pesado, medido e contrabalanceado de acordo com as nossas reais necessidades, o tempo assume a imperatividade de ser e nós a imperatividade de estar... Somos nós e o tempo... Questionamos: Há tempo para sonhar? Realizar? Refazer, renascer, reprogramar? E se instala a necessidade de correr contra o tempo, contra a inversão de valores, de necessidades, de afinidades, de bem estar e cumplicidade entre o tempo e nós e entre nós e o tempo.
Daí o tempo passa a curar desilusões;
Resolver as questiúnculas, que adiamos desde os primórdios da infância, adolescência e madureza;
Amamos mais intensamente, vivemos mais intensamente, criamos mais intensamente e, as próprias palavras de nosso vocabulário coloquial vão acrescentar “mente”. É o encontro do homem com o tempo e do tempo com o homem, a mente... Podemos então nesse instante dizer: O tempo sempre haverá de ser, se, desde os nossos primeiros tempos de vida, da infância para a adolescência acordarmos para a relatividade do tempo perceber.
Mestra dos Magos