Sorte Grande!

Acordar de madrugada, com a insistente campainha do telefone, deixa qualquer um assustado, ou mesmo irritado. Maus pensamentos vêem à cabeça de imediato. Ninguém pensa que essas horas mortas podem trazer boas notícias. Mas tudo pode acontecer.

Foi o que sucedeu conosco, na época em que o CAMINHÃO DA SORTE da empresa Sílvio Santos esteve em Divinópolis, há uns quinze anos, mais ou menos.

Na ocasião, estávamos com mil preocupações referentes aos “pacotes econômicos”, cada vez mais arrochados, lançados pelo Governo Collor. Fomos dormir, na esperança que os bons sonhos nos aliviassem das tensões do dia.

Não olhamos o relógio, mas, quando o telefone tocou, o Antônio deu um salto da cama e, ainda com a voz sonolenta, disse: “alô!”

Lá da cama, já bem acordada, percebi que a voz dele, com o decorrer do tempo, ia se tornando mais amável, mais animada! Ouvia-o dizer: “que bom”, “ótimo”, “nossa”, “veio em boa hora”...

Mas toda essa amabilidade não durou muito e não acreditei no que ouvira:

-“Fé da ... Vai enfiar essa bosta no ...”

Com tanta raiva, acho que o sono do Antônio foi todo embora. Fora vítima de um trote.

A moça lhe dizia: - “Você tirou a sorte grande!

Foi premiado!

E para arrematar, antes de desligar o telefone, ela disse:

-“Você ganhou um SACO DE BOSTA!”

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 20/03/2006
Reeditado em 16/09/2006
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