E Começa o Espetáculo - XI
Osvaldo André deu início ao espetáculo com algumas palavras sobre a trajetória de Aparecida Nogueira.
Abri o 1º Ato, apresentando a artista como a mulher que passou por tantos preconceitos e sofrimentos e a tudo superou:
Aparecida Nogueira abre-nos o seu coração e extasiados assistimos ao desenrolar das várias etapas de sua caminhada com glórias e sofrimentos na vida de circo e no casamento. Na sua volta ao palco, cobre-se de esperança ao receber os aplausos. É o seu reviver!
Entra Aparecida toda encurvada, segurando no braço de Osvaldo André, vestida de vovozinha e, logo ao chegar ao palco, a todos cumprimenta, com voz de velhinha:
- Boa noite, meus netinhos!
E cantando “O streap-tease da Vovozinha” vai tirando algumas peças de roupa: o lenço, o xale, a saia, ficando com um vestido bem curtinho.
Sob muitos aplausos ela apresenta as canções que interpretava quando ainda mocinha no circo:
Era assim que a vovozinha vestia
Distinta senhora dos tempos de outrora
Com dez panos a saia fazia
Ah, quantos babados nos tempos passados!
Contemplar a beleza e o respeito
Com todo sentido, em todo sentido
Um ligeiro decote no peito
O peito escondido, o peito escondido,
Mas depois, mas depois,
A moda progrediu em torno da mulher
Consentiu, consentiu,
Um corpo deslumbrante ao olhar de qualquer.
E por fim, e por fim,
Um corpo bem à vista há de sair
Vejam lá, vejam lá, vejam lá,
Um corpo tão bonito, quem pode resistir?
E logo a seguir, vem A Minissaia:
Este figurino que a moda traz agora
É pernas de fora e a cabeça anda, roda
Olhem, meus senhores, coisas de mil horrores
A que a moda nos obriga
Pernas, pernas, oh, que coisa boa
Pernas, pernas vêem-se agora à toa
Ora pernas, pernas sem enjoar
Se mais tivesse as mostrava, ah,ah,ah,
Se a melindrosa tem as pernas bem feitinhas
Podem arregalar os olhos os almofadinhas
Mas quando por feitiço, as pernas são um caniço(eles dizem)
Isto vai quebrar...
Pernas, pernas, oh, que coisa boa
(Letra e música de Aparecida Nogueira)