APARECIDA NOGUEIRA IN CONCERT - VIII
Aparecida e eu ficamos num mesmo quarto que, com ventilador e ar condicionado, estava muito aconchegante.
O sono chegou logo, embalado naqueles lençóis perfumados. Se sonhei nem sei. Acordei cedinho com vozes de alguém que falava meio rouco debaixo da janela de nosso quarto. Eu não entendia o que dizia, mas era uma prosa entrecortada com alguns intervalos. Depois silenciou e eu dormi novamente.
Às sete horas, acordamos e vimos que tudo já estava clarinho com um sol que brilhava dez vezes mais do que em minha cidade!
Cheguei até à janela e descobri quem era o proseador, aquele que acordara as donzelas ainda de madrugada! Um papagaio com penas multicoloridas que passeava no grande quintal da casa de Dr. Luiz.
Fizemos alongamento, tomamos um banho divino e fomos tomar café.
A mesa já estava posta com os quitutes da terra: pães, bolos, queijos, tapioca, bolachas e a dupla sempre presente: café com leite.
Osvaldo André chegou com as compras que fizera. Ele já havia dito que me faria uma surpresa no sábado(!!). Iria preparar uma sobremesa daquelas que eu amo e peco quando como, porque repito por gula!
Dirigimo-nos para a cozinha para o preparo da ambrosia – o doce dos deuses!
Fui ajudando e aprendendo a técnica do feitio daquele doce.
Depois de tudo pronto, a ambrosia foi colocada na geladeira para ser saboreada no sábado, bem friinha.
Um delicioso almoço foi-nos servido à moda da casa: arroz branco, feijão com jerimum, carne cozida com legumes variados, salada de tomate e de verduras, com direito à sobremesa de doce de mamão em fatias finas na calda.
Passamos uma parte do dia a descansar, a conversar e a cantar com Aparecida as canções do repertório.
À tardinha, Dr. Luiz, o Betinho, já recebia algumas pessoas convidadas para um encontro com a Estrela e acompanhantes.