Qual Cisne Branco

A praça da Matriz do Divino Espírito Santo, em Divinópolis, era palco de grandes festas, no mês de maio. A paróquia comemorava também, com muita fé e alegria, o mês do Padroeiro. Às 19 horas, havia a Santa Missa e, logo em seguida, as pessoas se esbaldavam nas famosas barraquinhas que, durante muitos anos, conservaram essa tradição.

A cada ano, havia um motivo diferente. Na verdade, eram duas barraquinhas. E cada uma queria superar a outra em beleza, criatividade e em resultado financeiro. Uma que marcou época foi a do “Cisne Branco”. Era um enorme navio, bem iluminado e enfeitado. As garçonetes em traje de “marinheiras” , com grande empolgação, desfilavam no palco, quando tocava o Cisne Branco, sinal de que toda a festa estava começando. Muita cerveja, refrigerante, frango assado e batata frita. E muita organização também!

Havia leilão, pescaria e a barraca mais procurada pela criançada era a do coelhinho. Várias casinhas numeradas dispostas em círculo. No meio, havia uma casa onde ficava o coelhinho. As pessoas compravam o bilhete com o número de uma casinha. Com todos os números vendidos, rodava a casa do coelhinho e levantava-a em seguida. O coelho, meio tonto, procurava onde se esconder. E ganhava o prêmio o dono do bilhete da casinha escolhida pelo bichinho. Eram simples as prendas, mas valia o entretenimento e a alegria da meninada!

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 03/03/2006
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