NÃO É DO CHICO BUARQUE
Um grande equívoco
Desde 2004 que o poema ou reflexão que transcrevo abaixo por título Solidão, percorre toda a Internet atribuída ao Chico Buarque. Deixo aqui um esclarecimento: trata-se de página de dois livros meus a saber, Ecos da Alma e Palavras para Entorpecer o Coração. Foi editada na minha coluna no Jornal Tribuna de Descalvado. Foi abertura de monografia da acadêmica paranaense Vera Lúcia Vieira que inspirou-se nele para escrever em espanhol "La Moderna Soledad Feminina".
Quando entrei em contato com o Curador Oficial do Site do Chico, ele respondeu-me laconicamente com tres linhas, que o Chico já teria dito à imprensa que não era dele. Perguntei então quando e em que órgão da imprensa ele teria se pronunciado mas sequer obtive resposta.
E com isto o texto continua circulando, circulando, circulando, levando consigo uma bela foto do ídolo no Bristol de Paris.
Bem, ao menos quem ler este artigo saberá a verdade e poderá me auxiliar passando a informação correta, pelo que muito agradeço.
SOLIDÃO
Fátima Irene Pinto
Solidão não é a falta de gente para conversar,
namorar, passear ou fazer sexo...
isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos
pela ausência de entes queridos que não podem
mais voltar...
isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente
se impõe as vezes, para realinhar os pensamentos...
isto é equilíbrio.
Tampouco é o retiro involuntário que o destino
nos impõe compulsoriamente para que revejamos a
nossa vida...
isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão, pela nossa Alma!