vai um picolé aí?
Devido ao calor essa crônica necessita ser curtíssima. Mas não vou tão direto ao assunto. Quem não é adepto das preliminares? Embora os hits do momento prezem tanto o imediato. Fotos instantâneas. Macarrões instantâneos. Bulidas instantâneas. Parte-se direto pros finalmente. Sem rodeios. Nem antes eles ocorrem mais. Elas já nem usam bolsa. Seria até ridículo. Trajando uma roupa tão leve e uma baita bolsa. Cada um pesca do seu jeito.
E não é que lá estão as frutas novamente em cena. “Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”. Essa colocação ficou uma uva. Já sabem onde quero chegar. Que tal um novo toque para o seu celular. Se liga no refrão: “Na sua boca eu viro fruta Chupa que é de uva Chupa, chupa Chupa que é de uva Na sua boca eu viro fruta Chupa que é de uva Chupa, chupa Chupa que é de uva Chupa, chupa Chupa que é de uva...”
E eu que queria recordar os tempos de infância. O carrinho do picolé. O isopor. A quase gaita de boca do sorveteiro. Alguns eram verdadeiros músicos. Pena que não se ligaram num jingle assim. Suas vendas iam bombar. “Sensual, o movimento é sensual Sensual, o movimento é bem sexy Sexy, o movimento é bem sexy”. Imaginaram a cena. Um baita clip. Só faltaria “una “cosita”... “É, a musa do verão, calor no coração” chupando um de uva na maior empolgação. Então vamos esquentar um pouco mais: “Devagarinho até embaixo, embaixo, embaixo Devagarinho até encima, em cima, encima”. E pra fechar, uma declaração de amor: “meu amor, esse amor tá 40° graus de febre...”. Só no caldinho.
Ah... Derreteu? Mas não foi de amores, né?