Histórias do Mundo
Crônica: Histórias do Mundo
Autor: Odenir Ferro
De frente a esta janela comparativa entre as minhas impressões pessoais a cerca de um pouco de tudo, vou percorrendo os meus olhos sequiosos e plenos de estudados e agudos silêncios.
Enquanto os meus pensamentos vão criando dentro das minhas múltiplas emoções, aguçadas sensações que vão tecendo e agrupando as minhas opiniões a cerca de tudo, de tudo um pouco.
Vou, desta maneira, aventurando-me na minha ventura, elaborando vários núcleos de impressões emocionais, enquanto vou concluindo em pequenos, embora muito significativos, gestos comparativos entre os meus processos no meu modo de agir diante o seguimento do "continnum vitae" operante dentro do meu viver e os caminhos tão a cada vez mais cheios de muitos acontecimentos, por onde percorrem o destino da Humanidade e do nosso mundo em que vivemos.
Tento ajustar os ponteiros do meu relógio biológico que me trazem muito lembrete a cada instante em todos os instantes em que meus pensamentos vão agrupando-se nas inumeráveis impressões que vou tendo e acolhendo para dentro do meu Universo interior, a cerca das atuais conjunturas sociais pelas quais atualmente passam os caminhos que conduzem as estruturas do mundo em que vivemos.
Eu vou crendo, a cada dia que vai passando, ainda ser possível administrar a minha fé, nas pequenas atitudes e ações manifestas ou impostas pelo meu cotidiano enriquecido ou apenas pleno de vivências regidas pelas forças do meu caminho pessoal individual que me conduz na estrada do meu viver, onde vou seguindo a trilha do meu destino ao ir completando dia-dia a minha história formada nas nuances delineadas no rabisco dos escritos elaborados nos meus mais profundos anseios emocionais.
Registrados nos meus desejos comuns, administrados dentro dos meus sentidos!
Frustrados ou realizados ou plenamente realizados, nos pequenos e grandes espaços criados nos tracejados nos meus mais sentimentais fantasiosos ou reais, dentro do contexto do cotidiano dos meus dias comuns.
Eu vou viajando dentro das Histórias do Mundo enquanto vou compondo a minha pessoal história elaborada através dos registros mais significativos que guardo nas minhas memórias ao ir participando dos acontecimentos; direta ou indiretamente, a cerca de um pouco de tudo do que ocorre dentro dos incógnitos mistérios a cerca do destino futuro do nosso Mundo.
Fico pensando, parado e repensando muitas vezes, enquanto observo com os meus olhos silenciosos e atentos, a cerca do quanto nos é ainda possível ou não, no tocante a influenciarmos, no percurso natural das consequências e circunstâncias que abrangem os destinos tanto do Mundo quanto da Humanidade.
Qual a importância do peso da nossa participação individual no todo do complexo social - fico pensando eu. Será que exercemos alguma influência no muito ou no pouco da abrangência total da atual atuante conjuntura que forma o nosso quadro social?
Será que esta influência no tocante a nossa participação é significativa é qualitativa é quantitativa... E será que esta força impulsiva emocional criadora é uma força de abrangência positiva? No sentido de se criar as possibilidades para que exercitemos as mudanças de parâmetros, ante a óptica pessoal obtida através ou a partir das impressões impessoais referentes aos fenômenos que vão ocorrendo alheios e aleatórios ao nosso mundo interior, muito embora dentro duma realidade tecida e criada nos segmentos naturais dos percursos geradores e criadores da História do Mundo em si...
Não sei, exatamente! Fico eu a pensar e a pesar na minha balança interior, já tão cheia de pesos e medidas, no tocante as forças impulsivas do nosso ambiente que vejo, sinto e reflito dentro de mim. Diante desta lógica do insano pela qual passa a trajetória do Mundo. Penso no que devemos ou não, quanto indivíduos únicos que somos irmos avante ou recuarmos nas empreitadas desta jornada intelectual existencial, recebendo impressões e devolvendo sensações para o Mundo. Criando os laços afetivos e harmônicos nesta troca, nesta doação, nesta participação social.
Atualmente, devido a facilidade de conexão que temos com os meios da Comunicação, torna-se cada vez mais interessante o exercício de criarmos estas exposições pessoais a cerca do que recebemos, dividimos e somamos em termos de tudo um pouco. Mediante a nossa pessoal individual participação nos acontecimentos gerais que ocorrem no dia-a-dia, no Mundo.
Hoje em dia está muito fácil demonstrarmos as nossas impressões e opiniões pessoais a cerca de tudo, um pouco. Há cerca de um pouco, um muito!
Enfim, creio que ao irmos expondo as nossas razões e emoções pessoais, vamos podendo a cada vez mais, irmos exercendo os atos das trocas dentro do nobre ato da partilha, da doação múltipla, nos atos de significativas relevâncias que são os atos de compartilharmos, de irmos nós dividindo e somando tudo, dentro de tudo um pouco, com a Humanidade.
Deixando impresso e exposto a qualidade patenteada da nossa marca personal registrada no teor elaborado diariamente no tomo do Livro escrito nas páginas das Histórias do Mundo!
Esta qualidade patenteada são minhas impressões digitais a cerca do meu registro de vida pessoal exposto em qualidade na quantidade da dinâmica universal regente no Registro de Vidas elaborado e criado no tomo do Livro escrito nas páginas da História do Mundo.
A Humanidade, no conjunto da sua história, criou ao longo do tempo, realidades belíssimas que se contrastaram e ainda contrastam com muitas outras tão catastróficas!
Desta janela comparativa que divide o meu eu pessoal dos outros muitos eus individuais que habitam e atuam no conteúdo personal de outras pessoas, vou procurando discernir dentro de mim, um pouco de tudo entre o que há de correto. Procurando sempre ir moldando-me dentro desta concepção subjetiva ou real, dentro dum parâmetro gerado pelo ir automaticamente procurando evitar ou descartar tudo o que visualizar sentir, no tocante ao que for de incorreto. Procuro assim, ir agregando dentro de mim, valores novos aos meus valores antigos e já em mim estabelecidos como regras, para deixar mais atraente a minha realidade pessoal.
Por ir enriquecendo-a com os processos do aprendizado que a vida me oferece, em todos os instantes em que vou vivendo-a.
Sou um passageiro da minha vida e dentro desta realidade deixo-me conduzir na travessia do meu tempo.
Criando laços de afetividade e muita ternura com todos os mais minuciosos parâmetros desta jornada. Onde nela viajo, de certa forma um pouco feliz e muito motivado, pois sei que embora esta minha jornada seja pessoal e única e ímpar, caminho pela vida com minha vida paralela exposta com os ritmos de muitas outras vidas que vivem como eu, dentro deste Mundo, compondo cada qual o seu próprio Universo interior.
Vou assim, percorrendo e realizando o meu grau de visão das minhas experiências em relação às outras realidades alheias às minhas. Conseguindo até que se forme uma pluralidade de anseios entre as minhas expectativas de vida regida dentro da minha personalidade harmonizando os meus interesses pessoais com os interesses pessoais de pessoas outras!
Sei que não viajo nem solitário e muito menos errante por este meu belo caminho de vida.
Isto, muito me conforta! Pois sinto que não estou sozinho e sou consciente de mim, das minhas aptidões naturais para fincar os meus pés no chão e seguir o meu destino avante rumo ao futuro da minha vida. Cumprindo desta forma, a minha missão através da criação da minha sorte, somada a força dos meus persistentes anseios compostos por um ideal feito de muitos objetivos!
Assim vou eu e assim até vôo eu, pelos caminhos interessantes desta minha perspicaz e salutar imaginação.
Vou assim, aos poucos, cada vez mais sendo capaz de criar com dignidade, a realidade da minha lógica. Que atua presente nas minhas vivenciadas impressões obtidas através dos meus olhares voltados para as razões e as emoções que compõem as vibrações da minha alma que habita na tranquilidade desta originalidade ímpar. Atuante no Universo do meu mundo interior!
Sou um passageiro de mim, amante da vida tão exuberante por exóticas e radiantes belezas. Muito embora, a pesar de n ela, aguçarem-se também, tantas situações conflitantes, trágicas ou dramáticas.
Creio que nós, quanto seres humanos que somos, gostamos de sermos um pouco um muito dramáticos. E criarmos para nós mesmos, fantasias cheias de melodramas, às vezes. Um muitas vezes.
Talvez seja até uma forma de fuga da nossa realidade pessoal, ou das outras realidades existentes dentro do mundo que nos cerca. Talvez seja até por não querermos enfrentar a realidade de frente: - Nua e crua! Tal como ela é!
Tal como ela, aos olhos do nosso mundo interior, vem e se apresenta a nós, muitas vezes impondo-nos os seus determinantes desígnios. Sem nos pedir licença, muda a trajetória da nossa sorte, do nosso destino, conduzindo-nos ou arrebatando-nos para situações onde o inesperado complexo cheio de forças incontroláveis pelas nossas razões emocionais, acabam se estabilizando numa nova realidade, aonde a nova verdade predominante vem e prevalece-se como sendo a verdadeira lógica de tudo. E tudo se recria dentro do nosso processo de existência. E esta recriação tanto pode ser altamente positiva quanto negativa. São fases pelas quais passamos dentro do nosso viver, até encontrarmos dentro da nossa alma interior o vibrato da paz de do amor reinante dentro do espírito do nosso eu supremo, sublime, sempre indo de encontro do Ômega, do Absoluto!
Ao sermos autênticos ou muito verdadeiros, ou reais, perante os nossos objetivos e sonhos, muitas e muitas vezes, de maneiras inconsequentes até, acabamos por ferir o ego de outros passageiros que também viajam pelos caminhos da vida. Criando na sua história e experiências pessoais, vários tipos de conflitos de sentimentos, que sendo eles de repercussão no social de formas positivas ou não, também são de significativa importância para as composições das Histórias do Mundo.
Todos somos importantes quanto pessoas humanas que somos. E o importante é ser, atuar, agir. E viver e sonhar!
E do sonhar, realizarmos a criação da nossa realidade existencial. Cumprindo assim, os desígnios da nossa vivência, dentro da obra que comporta a lógica da nossa história pessoal cheia de esperanças e crenças e estilos de vida.
Enquanto estava eu a compor esta crônica, entre uma coisa e outra, estive também lendo o livro de Crônicas Escolhidas do ilustríssimo imortal escritor Machado de Assis.
Dentre elas, eu pude ler Analfabetismo. Que o ilustre escritor a escreveu em 15 de Agosto de 1876!
Nela ele diz que no Brasil daquela época, apenas 30% da população do País estavam aptos, que podiam ler. Sendo que destes 30%, uns 09% não sabiam ler letras de mão, palavras escritas de punho.
Fiquei eu a pensar. Todos os meus textos, postados aqui, no Caminho pelas Estrelas, sempre a princípio, eu os escrevo de punho, com letra de mão. E eu os conservo todos guardados, arquivados. Ao ir digitando os textos, faço algumas modificações, às vezes novas inspirações ocorrem e então eu as acrescento, se for para melhorar o estilo ou a qualidade contida dentro do assunto do texto.
Mas, o nobre escritor Machado de Assis, no Brasil da sua época, escreveu crônicas para jornais por cerca de umas quatro décadas.
Fico imaginando, através da janela da minha história, no quanto muitas pessoas em épocas, em meses em dias e em anos diferentes, tiveram a oportunidade de lerem as crônicas do escritor Machado de Assis. Dentro das mais variadas realidades de tempos diferentes!
Abstraído, conclui de forma inusitada o desfecho final para esta crônica, que ora escrevo.
Imaginei, quase que até o vi, na minha imaginação interior. Quase o senti dentro do ar e os cheiros daquela época, atravessando no tempo. De tanto que imaginei e dramatizei a cena, dentro da janela comparativa das minhas impressões pessoais. Ha cerca de um pouco de tudo, a figura mítica do nobre escritor Machado de Assis, pude vê-la nitidamente diante de mim, como se fosse de carne e osso. Vivo bem vivo, na minha frente! Escrevendo, precisamente, a crônica Analfabetismo! Também de letra de mão, com tinteiro, mata-borrão e pena.
Numa tarde quente e iluminada pelo brilho do sol!
Num tempo onde eu estava presente na realidade do mundo dele; ou seja, - eu é que estava, por "flashes" de segundos, dentro da minha viajem imaginária, no ano de 1876, no dia 15 de Agosto, daquele mesmo ano em que vivia o escritor Machado de Assis!
Nestes segundos pude ver presenciar e sentir muitos mistérios!
De volta da minha abstração momentânea, pude perceber que o escritor Machado de Assis não teve e nem pode sequer ter a oportunidade de imaginar que um dia, em 26 de Maio de 2008, - ele seria comentado, relembrado, reconsagrado por sua originalidade e talento poético e literário, dentro das páginas modernas, atuais e coloridas de um imenso Blogger intitulado de Caminho pelas Estrelas!
Enquanto que eu, através dos meus escritos pude compor na minha memória imaginativa a genialidade personal da pessoa dele, ao recriar dentro de mim, de forma fictícia, a sua estrutura pessoal. Dentro de uns pequenos "flasches" de segundos, eu pude absorvê-lo, dentro da sua própria época!
Mas ele não me viu. Pois eu estive invisível para ele. Estive eu dentro dos relapsos existentes no Portal do Tempo. Oculto! Dentro da minha memória imaginativa!
De repente, enfim, sai desta minha imaginativa abstração, quando vi bem ao longe, no alto do límpido e claro azul do céu, um imenso avião Boeing cortando tranquilamente o ar. Rumando indo na direção sul, todo prateado pela luz do sol.
Voltei os olhos para perto do mundo em torno de mim. Vi um beija-flor voar na direção de um pé de roseira e beijar suavemente e encantadoramente, uma linda e esplêndida rosa vermelha!