Com por favor (não) é mais gostoso?
Como é bom ouvir um POR FAVOR. Não sejamos hipócritas. Ele está cada vez mais escasso. Já me questionaram uma vez se eu vivia com a minha vovozinha, se ela é que tinha me criado. Como vocês, imagino, também não entendi. Eis que chegou a explicação. Sabe, esse costume é tão antigo, fora de moda... Pasmem meus amigos!
Há muito tempo atrás, num arranhado de poema, sugeri o seguinte: “Só duas palavras, se aprendem em casa. Apenas duas palavras, a forma mais exata de viver em união, de se ser respeitada”. Ok – o poema é meio “pobrinho - mas valeu o calor do momento, dei a letra como se diz atualmente. Só o por favor é que não cabe.
Todos temem passar por extraterrestre, principalmente nessa aura de abduções, fatos inexplicáveis, apelação na novela. Será que o por favor virou léxico do latim? Parece que ninguém mais o compreende. Faça o teste, profira-o. Logo surgem aquelas caras embasbacadas. Bisonhas. Ai e agora, o que faço? O que respondo? Sorrio ou fecho a cara? Chamo um especialista?
Se o por favor causa todo esse embaraço, imaginem um por obséquio? Ai, que saudade da minha avó. Sabe, ela me ensinou a fazer várias receitas... Receita pra despistar gente ignorante, por exemplo. É uma tacada de mestre. Pode ser servida com vários acompanhamentos. Os interessados que procurem no Google.
Enfim, por obséquio, por gentileza será que eu poderia voltar ao anuário da minha vovó? Acabei de lembrar mais uma palavra.
Bom. Até a próxima crônica. OBRIGADO pela atenção. E vão logo ler um livro! Ops, esqueci o por favor. Será que tudo isso vicia?