Cap. XV - Divinópolis

Depois de quase duas horas de viagem, chegamos à cidade de Divinópolis. Saulo desabafou:

- Nossa, já estava com saudades daqui!

Eu também estava e cantarolei baixinha uma estrofe do hino da cidade:

“Das terras do Oeste, princesa altaneira,

Cidade-oficina, de filhos leais,

És tu Divinópolis, bem brasileira

Parcela fecunda de Minas Gerais.”

“Divinópolis foi fundada em 13 de janeiro de 1767, por cinqüenta famílias moradoras do sertão dos rios Itapecerica e Pará, lideradas pelo fazendeiro João Pimenta Ferreira, com o nome de Paragem da Itapecerica, para superar o rigoroso trabalho de os selvagens Candidés. Transformou-se no arraial do Espírito Santo da Itapecerica, em 24 de março de 1770, quando o sertanista Manoel Fernandes Teixeira fez uma doação de terras à igreja, destinadas a povoação.

Em 30 de abril de 1890, Divinópolis teve inaugurada a Estação de Henrique Galvão (Estrada de Ferro Oeste de Minas), que lhe deu grande impulso civilizatório, criando condições para a emancipação. Em 18 de setembro de 1915, sob o governo do presidente estadual Delfim Moreira, foi elevada à condição de cidade.

O território de Divinópolis é banhado por dois rios, ambos afluentes do Rio São Francisco: o rio Pará que banha toda a costa de Divinópolis, e o rio Itapecerica que corta a cidade transversalmente nos seus 18 km de extensão.

A população estimada pelo IBGE gira em torno de 205 mil habitantes.

Por sua importância estratégica na delimitação dos termos de Pitangui e São José Del-Rey e por ser o caminho mais utilizado para se entrar e sair do sertão, a paragem foi muito freqüentada por forasteiros, colonos e soldados, ao final do Ciclo do Ouro (século XVIII), quando os índios Candidés, habitantes do Vale do Itapecerica, foram expulsos pela Legião da Conquista.

Desde essa época, Divinópolis vem acentuando a sua característica de passagem-pousada-paragem, que marcou seus momentos mais importantes. O antigo arraial e a cidade de hoje não guardam semelhanças físicas entre si, mas a história do crescimento e desenvolvimento do lugar sempre esteve vinculada aos transportes, aos caminhos de água, de terra, de ferro e asfalto.

O desenvolvimento do sistema ferroviário, em suas diversas épocas, ofereceu oportunidade de instalação de indústrias siderúrgicas, de metalurgia e aciaria, mantendo razoável nível de emprego e de qualidade de vida, além de elevado índice de desenvolvimento social."

(continua)

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 07/07/2008
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