Ser (in)voluntário
Existe nela esse ser involuntário, esse ser incólume e indolente.
Esse ser que fica assim extasiado, perplexo com tamanha hipocrisia.
-Não vou retirar meus palavrões dos textos, não vou mesmo!
Que argumento é esse? Que censura é essa tão descabida, em pleno século XXI? Oxalá que essa atitude seja repensada, o mais rapidamente possível.
E diante de tais “argumentações” ficou nela uma névoa estratosférica irrefutável.
Um branco absinto. Letal. Letargia... E ela não mais agia, enquanto tais obtusos a observassem, assim, tão insanamente “profundo”.
- Quer saber... Vão todos vocês catar coquinhos na ladeira juntos, de mãos dadas...são tão bonitinhos nessa posição. Nessa união de amiguinhos de jardim de infância, todos tão bonzinhos, tão irretocáveis.
Fodo com o juízo de todos, barbarizo na cidade vizinha. Mas... se escrevo e digo: Não fode! Porra! Seu Filho da puta. Ah... aí não pode. Que coisa feia de se ouvir-ler num texto de um autor ainda desconhecido.
- Se fosse o Jorge Fernando poderia, todos ririam até engasgar e o aplaudiriam de pé, seria ovacionado e... BOOM!!!! Mas...você???? Tá louca??? Muda isso, troca por palavras com o mesmo peso, a mesma conotação, mas que não sejam assim... tão explícitas.
Manda o cara ir se foder de outro jeito.
-Como, colocarei num texto o dedo médio hirto? Substituirei por: ó, aqui procê!!!??
Vai... mas se for...dê! Tá melhor assim?