Cap. III - Ouro Preto

Ainda em Ouro Preto, visitamos a Feira de Artesanato que está localizada em frente à Igreja São Francisco de Assis. Nela é vendida uma variedade de artesanatos em pedra sabão, prata, camisetas, colares e pedras, confeccionados pelos próprios artesãos. Compramos algumas lembrancinhas.

Depois Malu e Miguel foram conhecer a Igreja São Francisco.

A iniciativa da construção da Igreja de São Francisco de Assis é da terceira Ordem da Penitência de São Francisco de Assis.

“Nesta Igreja estão localizadas várias obras de Antonio Francisco Lisboa, incluindo as primeiras obras documentadas de Aleijadinho, enquanto escultor de baixos-relevos em pedra-sabão. Hoje estes trabalhos servem de referência para pesquisadores que estudam as características do estilo do artista.

Um merecido destaque deste incrível atrativo é a pintura do forro, autoria de Manuel da Costa Athaíde. É também do artista a série de painéis a óleo que decoram os quatro chanfros da nave e paredes da capela-mor, assim como as barras de pintura simulando azulejos. Estes trabalhos destacam-se por serem os mais importantes produzidos por Athaíde.

No decorrer do século XX, a edificação passou por sucessivas obras de conservação que foi concluída no fim de setembro de 2001. As atenções agora devem se voltar para a parte externa da igreja, já que há um desgaste das pedras que compõem o pátio e a fachada merece uma nova pintura.”

Malu e eu visitamos o Museu da Inconfidência que funciona na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, “e é sem dúvida um dos mais belos registros da construção civil da época colonial. Sua autoria é assinada pelo general Luis da Cunha Meneses, então governador da capitania de Minas Gerais, e por ele foi posto em execução a construção em um ritmo acelerado.

Desejoso de ver a obra terminada empregou métodos desumanos. Cerca de 500 detentos, transferidos da antiga cadeia, foram utilizados na construção trabalhando de maneira forçada, em péssimas condições e de forma cruel.

Os abusivos métodos empregados despertaram a indignação de Tomás Antônio Gonzaga que expressou seus sentimentos na famosa “Cartas Chilenas”. O término da obra se deu setenta anos após o início, e para obtenção de recursos para sua realização, foi criada uma loteria com a autorização de Dona Maria, a rainha.

No andar superior do edifício funcionou a Câmara e no térreo a cadeia. No ano de 1907 teve seus desígnios modificados tornando-se penitenciária Estadual, e esta situação perdurou até o ano de 1938, quando o então presidente Getúlio Vargas, desejoso de criar um Panteão aos Heróis da Independência, criou o Museu da Inconfidência, Ocasião em que promoveu o repatriamento dos restos mortais dos inconfidentes que morreram em solo africano, e que hoje se encontram em seu interior.

Hoje o museu conta com um vasto acervo de objetos de época, documentos históricos de grande relevância para a história nacional, peças relacionadas com os participantes da inconfidência, como objetos pessoais de Tiradentes, memorial aos Inconfidentes, recibos, comprovantes dos processos de contratação dos serviços de artistas como Aleijadinho, arte religiosa, artesanatos, mobiliário, remontando o universo que permite ao visitante situar-se no ambiente que permeou o Movimento de 1789.”

Enquanto estávamos no Museu dos Inconfidentes, Miguel e Saulo foram visitar a Casa dos Contos.

(Vejam a Malu no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=P7cn4AcAoR0)

(continua)

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 26/06/2008
Reeditado em 28/06/2008
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