SOBRA-ME O QUE TE FALTA
Sobra-me calor
Mas me falta amor
Rasga-me a alma
Mas costure meu coração
Prove meu lado vulgar
Mas saboreie minha parte sensível
Sou sim o que não te convém
Trago o intragável da sociedade
Cafajeste ou coisa pior, mas sei sentir.
Sou metáfora que virou realidade.
Sei amar, mas jamais soube mostrar
Minha mente não diz o que meu corpo pede.
Meu coração latente brada por um toque que não tem.
Tenho o amor de outros corpos, mas não possuo a mão que acalma e amansa tal alma.
Feita de fervor e brasa, para o mundo, para o pecado. Alma sem salvação. Minha alma.
Sem calma,
Falta o que dizer
Sobra o que ouvir
Sinto não saber distinguir, na verdade não quero.
Acostume-se com meu reclamar
É silencioso, e juro, não te machuca tanto quanto já estou.
Coração vagabundo, latente.
Busca o sabor que já sabe sem gosto
Temos tudo nesta liberdade fabricada
Preenchemos o vazio sem nenhuma semente
Sem medidas ou pareceres, personalidade violável e cética.
Moldado pelo desejo,corpo que goza, alma que pede.
Pedido que fica, desejo que vai, o gozo, ainda permanece.
O prazer de ser o que se é, sem entender o porque e para quê.
Palavras que nada desenham
Notas clássicas de uma balada qualquer
Frivolidade versátil, forte por insistência.
Homem, imoral e amoral, assim dizem.
Amo e sinto, assim digo.