Queda da Ponte JK Tocantins – Maranhão
Devido ao aquecimento dos oceanos Pacífico e Atlântico conhecidos por EL Nino e La Nina e mudanças das estações do ano causados pelo Sol consequência do movimento de translação da Terra ao redor do Sol e até mesmo da órbita do Sol em torno da via Láctea, tem havido mudanças climáticas ou acumulo da evaporação da água que aumenta a umidade do ar e causam muitas chuvas em alguma região e estiagem em outra região por interferir nas massas de ar e temperatura do planeta.
O Brasil por ser um país continental tem sofrido com as mudanças climáticas, com ocorrências de chuvas e estiagens. O primeiro semestre de 2024, entre abril e maio, foi marcado por muitas chuvas na região Sul que transbordaram os rios Guaíba, Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sírios, Gravataí e Lagoas dos Patos em 441 municípios do estado Rio Grande do Sul e deixaram cerca de 2 milhões de pessoas desabrigadas. O segundo semestre, entre outubro e dezembro, foi marcado com chuvas prolongadas nas regiões do Norte e Nordeste, afetando os estados do Maranhão, Piauí e Bahia.
O problema não são as chuvas que têm causado problemas ambientais e sociais, mas a falta de manutenção das encostas, rodovias, pontes, diques de contenções e muros, que se agravam a cada ano. Certamente não é por falta de recursos públicos, mas pela burocracia e falta de empenho da administração pública em autorizar obras. Um exemplo notório é a queda da ponte Juscelino Kubtschek de Oliveira, com 533m, construída entre os anos de 1959 e 1961, localizada na BR-226, sobre o rio Tocantins, que liga o estado do Tocantins ao estado do Maranhão e faz a conurbação entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), onde há quase 05 anos o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) elaborou um documento acusando irregularidades como fissuras em todas as colunas. E não foi feito nenhum reparo ou reforma, nem tampouco uma licitação para uma empresa particular.
O tempo não pode esperar, por ser inimigo da morosidade. Por volta das 14h50, do dia 22-12-2024, domingo, o vão central de 140m da ponte desabou no momento que em que passavam 10 veículos, que caíram no leito do rio Tocantins numa profundidade aproximada de 40m, sem contar a altura da ponte. Os veículos citados pela Marinha, são: um carro pequeno, 03 motos, 02 camionetes e 04 caminhões. De acordo a Marinha, foram constatadas 17 vítimas, sendo que foram resgatados 12 corpos e 05 seguem desaparecidos até a noite de terça-feira (31); e o único sobrevivente é um homem de nome Jairo, 36 anos, que foi encontrado com vida à margem do rio e levado para o Hospital Municipal de Estreito, e em seguida transferido para um hospital de Imperatriz. Conforme uma irmã da minha igreja de nome Willane, as duas vítimas que foram resgatadas no dia 31 são as suas primas, Cássia, enfermeira, (34) e sua filha Cecília (03), que estavam dentro de um carro numa profundidade de 44m onde havia uma carreta por cima que dificultava o resgate. Jairo, o único sobrevivente era o marido da Cássia e sobreviveu por estar no banco de trás do veículo alimentando a Cecília e a porta ter abrido e ter sido arremessado para longe. Infelizmente mais uma tragédia anunciada!
Goiânia, 01-12-2024