A cirurgia de Lula no Sírio Libanês
Quer reconhecer quando um político é péssimo gestor? É só saber em quais hospitais ele e sua família são atendidos e onde seus filhos estudam.
Se os nossos políticos e seus familiares fossem obrigados a utilizar hospitais e a escola pública, a Saúde e Educação no Brasil estaria no mesmo patamar de países desenvolvidos, do chamado "primeiro mundo". Entretanto, políticos, notadamente, procuram hospitais, como o Sírio Libanês e o Albert Einstein para se tratarem. Já seus filhos estudam em escolas privadas de ponta, como o Colégio Farias Brito (Ceará), o Colégio Bernoulli (Belo Horizonte), o Colégio Santa Cruz e Bandeirantes (São Paulo) e a Escola Suíço-Brasileira (Rio de Janeiro). São unidades escolares cuja mensalidade passam de 5 mil Reais mensais. Alguns destes citados passam dos 10 mil Reais mensais.
Como pode alguém ser eleito para gerir a saúde pública e procurar um hospital privado? Como pode os nossos legisladores discutirem e votarem o orçamento do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) e não se tratarem no serviço público?
Como pode discutirem e votarem as verbas do Ministério da Educação (MEC), do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e seus filhos não estudarem em escolas públicas?
Como pode? Ou, pode?
Hoje, um colega professor me perguntou sobre o presidente Lula ter feito uma cirurgia no Sírio Libanês. Ele (o educador), obviamente, queria criticar a "esquerda" e o lulopetismo. Mas, eu deixei bem claro ao nobre amigo que, independentemente do viés ideológico ou do partido político que determinado legislador ou gestor esteja, é sua obrigação moral, ética e cidadã, além de uma questão de competência e eficiência, que ele se trate num hospital público.
Não me interessa se você é fã do Lula ou tiete do Bolsonaro, se ambos se trataram em hospitais privados caríssimos, só demonstraram que são inaptos, péssimos gestores, incompetentes e incoerente, assim como todos os demais presidentes anteriores.
A mesma lógica vale para o prefeito municipal e para os vereadores, como vale para os governadores de Estado e para os deputados estaduais e distritais, como também vale para os nossos Congressistas na Câmara e no Senado Federal.
Não pode um administrador e legislador da coisa Pública usufruir do bem privado, pior, pago às custas do dinheiro dos impostos da população. São os trabalhadores assalariados que pagam a conta do hospital e do plano de saúde vip dos políticos brasileiros.
Quando eu digo que tenho asco dessa raça de víboras e desses seres inescrupulosos, ainda acham que eu pego pesado.
Tenho desprezo a quem a população bajula. Tenho ojeriza de quem, sendo gestor público, se utiliza do meio privado às custas dos tributos do povo pobre e sofrido que morre sentado sem ser atendido numa UPA.