A diferença de Miguel Pereira para às cidades da Região dos Lagos
A cidade de Miguel Pereira é o maior fenômeno turístico do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. Essa afirmação é incontestável.
O governo municipal inventou uma cidade turística, "fez chover no deserto", criou em dois anos uma dezena de atrativos com parceria com o governo federal e estadual, além da parceria público-privada. Ao visitar o município com olhar atento, percebe-se que todos os seus atrativos são de setembro e outubro de 2022 pra cá, suas placas de inauguração estão expostas para que todos vejam.
Criaram à Terra dos Dinos, o maior parque de dinossauros do mundo, a Rua Torta, a Rua Coberta, a ponte sobre o Lago Javary, a Maria Fumaça, que é o único trem turístico do Estado, ainda fizeram o maior trenó de montanha da América do Sul e, agora, vão entregar um magnífico e lindo Mirante.
Quando a natureza não é tão generosa e extraordinária, como das cidades da Região dos Lagos, cabe ao homem inventar. Foi isso que ocorreu com a pequena cidade de Miguel Pereira, inventaram de forma tão eficaz e minuciosa que deu muito certo, só nos cabe parabenizar, admirar e aprender com seu majestoso sucesso.
Já às cidades com fartura de beleza cênica, praias de areias alvas, dunas e restingas magníficas, natureza prodigiosa como ocorre com Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo, são o exemplo de péssima gestão, de governantes inaptos, despreparados e péssimos gestores.
Na Região dos Lagos, não adiantou Deus ser tão generoso, nem uma natureza tão pródiga, gestores suínos conseguem enfear e depreciar até os mais lindos e encantadores cenários. Nada é tão nocivo a uma localidade do que governantes inábeis e ineficientes.
Vou dar um exemplo, voltei de uma viagem a Porto Seguro, há cerca de um mês, ao entrar numa loja para comprar uma bolsa, o velho comerciante que trabalhou por cerca de 15 anos em Cabo Frio e Búzios, até mudar para a cidade baiana, disse-me:_ “Em Cabo Frio e Búzios eu vivia dos meses de verão, aqui eu vendo todos os dias do ano, na alta e baixa temporada”. Como pode os nossos governantes e suas secretarias de turismo não conseguirem que uma região tão bela e tão encantadora como a nossa, atraia turistas o ano todo?
Conheço muitos estados do Nordeste, o litoral paulista e catarinense, nenhum deles têm praias como às nossas, mas eles têm turistas o anos todo. Só tem uma explicação: somos pessimamente governados, não há política de desenvolvimento turístico e de melhoria das nossas cidades.
Vou recitar uma informação e comparar com um município da nossa região. Disse a pouco, que Miguel Pereira estar a inaugurar um esplêndido Mirante, uma invenção do governo municipal. Enquanto Arraial do Cabo tem vários mirantes naturais, como o Morro da Antena, o Morro do Atalaia e o Morro da Cabocla, mas não faz absolutamente nada. O Morro da Antena está há décadas abandonado sem nenhum projeto de revitalização e nenhuma gestão, assim como os outros, nada se faz e nem se vislumbra fazer, para atrair milhares de visitantes.
Cabo Frio tem a maior Dunas do Sudeste brasileiro, o local mais belo da Região dos Lagos, que foi cenário da novela Tieta, Kubanacan e inúmeros filmes dos Trapalhões. Não adianta tanta beleza, cresce em seu entorno o avanço da favelização e não há projetos turísticos para a localidade.
Por sorte, ainda recebemos turistas no final de dezembro, janeiro, carnaval e feriados prolongados, tão somente por nossas estonteantes belezas naturais, se fosse depender dos nossos gestores e sua equipe técnica, estaríamos lascados, lançados a própria sorte.