É FOGO, ESSE FOGO QUE NÃO QUEIMA AS INCONSCIÊNCIAS 

Valéria A Gurgel

É fogo, esse fogo que não queima as inconsciências!

Será que só quem já sentiu sede e não pôde beber água sabe a falta que a água nos faz!?

 

Será que só quem já sentiu falta de ar ou a dificuldade de respirar em meio à poluição, entende o valor do ar puro, da dádiva de poder respirar o oxigênio, esse sopro divino!?

 

Será que só quem já conheceu o deserto sabe o valor de ver crescer a vida, os animais, os insetos, os pássaros, a vegetação, as árvores, as flores, os frutos e até as ervas daninhas!?

 

Será que só quem já teve uma queimadura na pele sabe o que é sentir uma insuportável dor física!?

Só quem é “SER VIVO” sabe o valor da VIDA!

 

Mas, então, quem são esses que andam incendiando nossos parques ecológicos, nossas matas, destruindo nosso bioma, intoxicando o ar puro de nossas cidades, de nossas regiões tão belas, comprometendo todos nós que somos a Natureza, a vida planetária?

 

É inadmissível pensar que um ser tido como” humano” e que acreditamos ser e estar vivo, circulando entre nós, desfrutando do mesmo ambiente que todos nós, da mesma Natureza na qual somos e fazemos parte, possa estar cometendo essas atrocidades!

 

Eu me ponho a questionar?

Qual a intenção disso tudo?

Por quê?

Para quê?

Isso dá prazer?

É sinônimo de poder? Poder de quê?

Para ganhar dinheiro? Dinheiro para quê? Para comprar terras, aviões, ilhas, ouro, diamante? Tudo isso compra a vida? Que vida? Se o ar e a água pura, que nos mantém vivos, nossos bens mais preciosos estão se exaurindo?

 

Todo esse poder, esses prazeres vãos são plausíveis?

Para se viver feliz? Aonde? Se todos habitamos a mesma casa? Que eu saiba, ainda não temos para onde fugir!

Que felicidade é essa alimentada pela destruição?

Tudo o que se destrói, toda a vida que se mata aqui e lá, afeta lá e aqui. É vice-versa!

 

Não resta outra certeza! Sim, são suicidas, terroristas, portadores de insanidade mental ainda não definida e que vivem entre nós! Que perigo!

Eles se comprazem em matar, destruir, intoxicar a vida e mesmo sendo também prejudicados, insistem em seguir cometendo esses crimes pelo mero prazer de matar, de incendiar, ver o fogo se espalhar.

 

Sim, estamos vivendo no meio de alguns MONSTROS que se vestem de ovelhas. Portando uma oculta bagagem inflamável a ser acesa e que como uma praga se alastra por aí…

Cruéis, insensíveis, insanos, dementes, loucos, inconsequentes!

 

Tudo isso e muito mais que isso!

Não há palavras que possam definir, nem possibilidades de entendimento do que pode passar na cabeça de quem está cometendo esses crimes ambientais!

 

Indubitavelmente eles não estão vivos! Não, eles não possuem mente! Não, eles não possuem corpos! Não, eles não possuem pai, mãe, avós, filhos, animais de estimação... Não, eles não precisam de água, de árvores, de frutos, de ouvir o canto dos pássaros. Não! Eles não fazem parte dessa mesma Mãe Natureza nossa. Eles não respiram, não possuem pulmões!

 

Impossível acreditar que possuam! Se não, estariam preocupados ao menos com os chamados “seus”.

Eles não possuem consciência!

Então, quem eles são?

É possível existir? E ter prazer em ver a própria casa pegando fogo? Ou seja, as nossas matas, as nossas reservas florestais, a Mata Atlântica, o nosso Cerrado, o nosso Pantanal, a Amazônia, pulmão do mundo, as cidades, as regiões, o país, o planeta Terra se destruindo!

 

Incendeiam a nossa maior riqueza, os biomas, a base primordial da vida e do equilíbrio ambiental!

Incendeiam o nosso direito de viver, de respirar, de sentir e ver a vida nascer, germinar, crescer, florescer...

 

Incendeiam corpos de animais inocentes! É muita crueldade entre todas as covardias!

Incendeiam os pássaros e seus ninhos, esses ninhos que esses anjos cantadores nos presenteiam com o maior exemplo de cuidado, proteção e amor à sua espécie.

 

Incendeiam o verde da vida e o verde de nossa esperança de acreditar em futuro!

Incendeiam a nossa paz!

É fogo, esse fogo que não queima as inconsciências!

É esse, o triste destino da Terra, do Planeta Jaz…

Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 16/09/2024
Reeditado em 16/09/2024
Código do texto: T8153077
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