Edinaldo e o pai do mato
Edinaldo era um menino
Extemamente teimoso
Ele tinha cinco irmãos
Mas era o mais preguiçoso
Respondia a sua mãe
Que menino astucioso!
A sua mãe Madalena
Para o menino pedia
Que ele ajudasse seu pai
Mas ele sempre fugia
Inventava uma desculpa
E para a roça não ia
Além de ser preguiçoso
Ele era muito arrogante
Tratava mal sua mãe
E naquele mesmo instante
Xingava a pobre mulher
De maneira ignorante
Meu filho não aja assim
A mãe pra ele falava
Mas ele tão maluvido
Nem sequer a escutava
Já a mãe tão paciente
O seu filho aconselhava
Dona Madalena um dia
Para o seu filho falou
Você pode ver um bicho
E o filho dela zombou
O bicho é o pai do mato!
A senhora acrescentou
Outro dia a sua mãe
Pediu pra ele pegar
As cabras lá no cercado
Para depois amarrar
Edinado fez que ia
Mas foi para outro lugar
Ele desceu tão contente
Rumo a outra direção
Foi parar nos cajueiros
E fez grande diversão
Até que tudo parou
E chamou sua atenção
Os pássaros se calaram
O vento todo parou
Já o som de toda mata
Logo em seguida cessou
E um barulho horroroso
De um grande bicho o assustou
O silêncio dominou
Novamente esse ambiente
E do nada ele escutou
Um grito tão estridente
Que fazia qualquer um
Gritar pra perder um dente
Um monstro aterrorizante
De tão feia gargalhada
Com olhos avermelhados
E com boca agigantada
Tinha chifres muito horríveis
Pense numa presepada!
O bicho era o pai do mato
Que a sua mãe lhe falou
Mas ele fez pouco caso
Nem sequer acreditou
E agora que viu o monstro
Nas calças ele mijou
Depois de todo esse susto
Ele aprendeu a lição
Não respondeu mais a mãe
E se tornou bom irmão
E nunca mais viu o bicho
Por aquela região.