Nada me fará esquecer...
Nada me fará esquecer…
Se tem algo que fere e dar tristezas
Que me arranca um gemido abafado,
É viver noutra terra homiziado,
Com retorno cercado de incertezas,
Ainda que por aqui tenha belezas,
Sou igual araponga engaiolado,
Procurando saída em cada lado,
Desde o nascer do sol ao entardecer
Não há nada que faça eu esquecer
Da terra em que nasci e fui criado.
Mesmo que eu percorrendo o mundo inteiro,
E veja as maravilhas do planeta,
Algo que não descreva a caneta,
Extraído do fundo do tinteiro,
Nem o tição de fogo que primeiro
Por Prometeu se fez surrupiado,
Nem onde o Minotauro foi cercado,
Em tempo algum fará arrefecer,
Não há nada que faça eu esquecer,
Da terra em que nasci e fui criado.
Nem a descrita fama de Helena,
Romano Coliseu nem a Sistina,
Nada será melhor que Teresina,
A Torre de Paris, Louvre e Rio Sena
Tudo isso é somente u'a ficha pequena,
Disneylândia é piada de roçado,
Para vender como ouro de mercado,
E ao turista abobado entorpecer,
Não há nada que faça eu esquecer,
Da terra em que nasci e fui criado.
Ritmo: Martelo galopado.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Do Poeta e amigo Mora Garcia recebi esse mimo
Não há o que me faça olvidar.
Daquele rio, o maior do mundo.
Guardo um sentimento tão profundo
Que me aperta o peito e me rouba o ar.
Dor constante que não quer passar
Que se faz presente, diariamente
Um fantasma arrastando a corrente
Ao redor da cama a circular.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Da amiga e poetisa San Cardoso recebi essa fofura.
NA MEMÓRIA...
Terra que nasceste, foste criado
Natureza se expõe total belezas
Um torrão de fé todo encantado
Onde sol à brilhar ao ano é riqueza
Meu São Paulo triste, desafinado...
Sem encantos, só agitação
Quem aqui chega é abraçado
Torrão que toca o meu coração
Como esquecer o corre, corre abafado
Desse progresso todo esmiuçado
De quem aqui vive resignado
Onde Selva de Pedra é tradição
Terra que nasceste, foste criado
Natureza se expõe total beleza
beijos ternos,
*********************************""**""***********
Do Poeta Ancelmo Portela, recebi essa interação, que reproduzo com satisfação.
Trocaria tudo que conquistei
Fama e os meus bens materiais
Pra voltar a viver com meus pais
No Sertão que nasci e me batizei
Parecia até filho de um rei
Benquisto, sorridente, abençoado
Menino, correndo atrás de gado
A me banhar na cacimba do prazer
Não há nada que faça eu esquecer
Da Terra em que nasci e fui criado.
Portela