Nada me fará esquecer...

Nada me fará esquecer…

Se tem algo que fere e dar tristezas

Que me arranca um gemido abafado,

É viver noutra terra homiziado,

Com retorno cercado de incertezas,

Ainda que por aqui tenha belezas,

Sou igual araponga engaiolado,

Procurando saída em cada lado,

Desde o nascer do sol ao entardecer

Não há nada que faça eu esquecer

Da terra em que nasci e fui criado.

Mesmo que eu percorrendo o mundo inteiro,

E veja as maravilhas do planeta,

Algo que não descreva a caneta,

Extraído do fundo do tinteiro,

Nem o tição de fogo que primeiro

Por Prometeu se fez surrupiado,

Nem onde o Minotauro foi cercado,

Em tempo algum fará arrefecer,

Não há nada que faça eu esquecer,

Da terra em que nasci e fui criado.

Nem a descrita fama de Helena,

Romano Coliseu nem a Sistina,

Nada será melhor que Teresina,

A Torre de Paris, Louvre e Rio Sena

Tudo isso é somente u'a ficha pequena,

Disneylândia é piada de roçado,

Para vender como ouro de mercado,

E ao turista abobado entorpecer,

Não há nada que faça eu esquecer,

Da terra em que nasci e fui criado.

Ritmo: Martelo galopado.

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Do Poeta e amigo Mora Garcia recebi esse mimo

Não há o que me faça olvidar.

Daquele rio, o maior do mundo.

Guardo um sentimento tão profundo

Que me aperta o peito e me rouba o ar.

Dor constante que não quer passar

Que se faz presente, diariamente

Um fantasma arrastando a corrente

Ao redor da cama a circular.

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Da amiga e poetisa San Cardoso recebi essa fofura.

NA MEMÓRIA...

Terra que nasceste, foste criado

Natureza se expõe total belezas

Um torrão de fé todo encantado

Onde sol à brilhar ao ano é riqueza

Meu São Paulo triste, desafinado...

Sem encantos, só agitação

Quem aqui chega é abraçado

Torrão que toca o meu coração

Como esquecer o corre, corre abafado

Desse progresso todo esmiuçado

De quem aqui vive resignado

Onde Selva de Pedra é tradição

Terra que nasceste, foste criado

Natureza se expõe total beleza

beijos ternos,

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Do Poeta Ancelmo Portela, recebi essa interação, que reproduzo com satisfação.

Trocaria tudo que conquistei

Fama e os meus bens materiais

Pra voltar a viver com meus pais

No Sertão que nasci e me batizei

Parecia até filho de um rei

Benquisto, sorridente, abençoado

Menino, correndo atrás de gado

A me banhar na cacimba do prazer

Não há nada que faça eu esquecer

Da Terra em que nasci e fui criado.

Portela