CAMINHOS CRUZADOS
Ei companheiro, me desculpe.
Não posso e nem quero lhe agradar. Minhas estradas ficaram longas e já cansam o meu caminhar.
As luzes dos olhos ofuscaram,
O futuro deixou de existir, não me peça para parar, pois minha incumbência é seguir.
Seguir pelo rumo da vida,
Pra onde a venta apontar, sem ter responsabilidade, sem pressa assim de chegar.
Chegar para onde não sei,
Meus passos estão muito cansados, arrume outros companheiros que andem melhor do seu lado.
Por hora despeço e já vou
Buscando ainda encontrar, a razão para o meu existir, por favor, não queira me acompanhar.
Se ainda houver outra vida,
Pra mim ou prá nós já não sei, o que importa foi o tempo ao seu lado, que um dia por aqui eu passei.
Carlos Silva