DESPOI DA ISCRAFUNXANÇA - Gracejo

- Hô de casa! Tem aiguém?

Tava chei de muié feia

Lascaro tudo na peia

Desceram o pau no harém.

VI

Rasgaram saia também

Sapato avuô pra cima

Pente e batom se lastima

Ispêi quebrou-se também.

Fundo de caça que vem...

Babado pensa que bico...

Lascaro o pau no fuxico

Desgraça apanhou também.

VII

Frescura apanhou de cem

Pra deixar de safadeza

Quebraram perna de mesa

Que num vale um vintém.

Gritaro: num vem que num tem!

Putaria e Maivadeza

Levaro uma pisa francesa

Pra deixar de heim, heim, heim.

VIII

Dixero: agora quem vem?

Lascaro pornografia

Jogaro o resto na pia

E perguntaro: Inda tém?

Aí fexô subelém

O cacete foi cumeno

Só prestava você veno

Que apanhava também.

IX

Parecia tudo bem

De repente uma mudança

Aiguém entrou numa dança

E o zanjo dixero amém!

Aí num sobrou ninguém

Cumeçou o empurra empurra

Levaro uma grande surra

Mermo sem saber de quem.

X

Cachaça fez três refén

Cumeçou um quebra-pau

Um boneco de babau

Levou cacete também

Cacete cum mai de cem

Quebrano no ispinhaço

Apanhou neivo-de-aço

Retrato apanhou também.

XI

Pinico perdeu sedém

Arrancaro sua asa

Jogharo em cima da casa

O que sobrou do xerém.

E ninguém mai se sustém

Pruque num tem mai susstança

Despoi da iscrafunxança

O zanjo dixero amém!

Thiago Alves

Thiago Alves Poeta
Enviado por Thiago Alves Poeta em 08/05/2023
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