MINHA VIDA
Eu sou uma constatação viva
Da humanidade que me descreve
Porque sou um conjunto de poesia
Numa estranha escrivaninha
Onde escrevo os meus versos
Na sobrevivência poética.
Não posso eu falar além de mim
Porque ser-me-ia deselegante,
Mas, eu falo do que me ressalvo
Por ser eu a vida garbosa
Da minha criação romântica
E, às vezes, postumas.
A consequência da imortalidade
Nasce e renasce em meus ditos
Porque sou o início do desfecho
Do que crio em minhas melodias
Que ecoam pelos ventos alado
Quando eu pego no lápis e escrevo.
Eu sou apenas um vulto
Uma sombra que simboliza
A minha sobrevivência eterna
Pela minha expressão poética
Dessa minha comunicabilidade
Onde sempre haverá formas.
Quanto aos meus planos de vida
Eu não sei o que devo falar
Pois sou um barquinho no mar
Que deixa-se levar em expressão
Dando-me o direito de me ter
No medianeio entre eu e a comunicação.
Minha fidedignidade é-me o dia
As noites de total inspiração
Uma fresta de luz na janela
Que ao meio-dia me componhe
Para eu vivenciar os planos da vida
Que ao sentir o perfume das flores, escrevo.
Recebo tudo como uma paisagem que miro
Que passa lenta com seus passos
Trazendo-me a boa-aventuransa linguagem
Através das mensagens traduzidas em andanças
Que me desperto embreagado a lucidez
Para eu colecionar todas as palavras.
Minha abençoada fé me conduz
Porque do caos eu surjo num poema lúdico
Que eu escrevi na musicalidade
De uma sinfonia que hoje declama
Na harmoniosa versatilidade dos versos
Que me impuciona, de certa, a declamar.
Sou eu a bebida amarga do ponche doce
Que ao falarem da minha pessoa
Eu surjo das cinzas num belo solfejar
Que até os pássaros levam para os ares minh'alma,
E no céu cor de rosa de fadas
Eu aprendo ser sempre o bem-querer.
Sei o quanto é bom escrever
Versos que muito eu cantarolo-as
No meio dod amigos em silêncio
Por eles escutarem as minhas rimas
Através desse cordel encantado em mim
Que eu me apresento numa seistilha.
Na minha vida há saudades
Por isso, os meus véus de céu
Para eu compreender as sombras
Que se escondem nas nuvens
Fazendo-me sempre um santo
Para eu rezar a lua e as estrelas nuas.
As luzes da minha "loucura" se rir
Pois, já passei por todos os fardos
Que não traduzia minhas lágrimas,
Hoje, sou onda forte e fatigada
E, na chuva que me molha: sou o poeta ...
Não me guardo nos ninhos do sofrer.