DESCONEXA
Eu sou o anjo mau
Que das sombras vivo
Olhando os maus amigos
Que vestidos de santo
São abençoados comigo
Por sermos o palco iluminado.
Eu não sei porque eu falo
Se para eu o silêncio fala
De tudo que penso em vida
Na minha mais sincera expressão
Que exponho em ações
Nas quais a razão diz.
Mas, se eu sou o anjo mau
Louvado sou eu por achar
Porque se eu acho algo
Dou graça por duvidar
Assim, eu não perco minha altivez
E sigo entre espinhos pensando.
De tão bom que sou e eu seu
Criei amigos íntimos que punem
Dos quais falam de mal de mim
Sem eu os querer por castigo
Agora me entendo como pensante
Sendo amaldiçoado em chipata.
Ora, com licença moço
Que eu não sou de briga
Pois se me julgam nesta vida
É por serem todos de alaridos
Fazendo sempre da vida riso
Para serem todos inocentes no auê.
Eu sou o anjo mau das noites
E dos dias tristes em festa
Sou a alegria poético que abençoa
E depois sem prosa canta e dança
Sobre a mesa estranha mesa
Que ironiza o tango com samba.
Se no começo eu falei do mal
Do vem falo em sambas
Pois os refluxos existem
Para que sejam espelhos
Nessa engraçada festa
Que se mostra toda em vitrines.
Sete vezes eu casei
Sete outras enviuvei
E sete maridos tive
E sempre fui viúva
Pois nunca fui procurada
Por eu me sentir casada.
De fato me dizeres
Que nunca me usaram
Nesta vida colorida
Que me deram novo
Maridos que eu Nei sei
Porque sou ainda presente.
Assim caminha a humanidade
Sem ponteio e sem revólver
É-me uma disparada danada
Se eu falar da sombra de bala
Que está desencadeado
Por não ter castilho.
Nunca fui de amigos
Porque só eu existe
De tudo mau anjo sou
Neste inferno reflexivo
Que dou-me nessa história
Ontem sou o porquê do pensar.
Ah, sou complicado eu sei
Porém tudo têm gracejos
E para isso crio a ilusão
Para eu ser um parque de diversão
Onde todos riaem das desgraças
Que às vezes não tem graça.
Agora findo minha história
Que para eu é Ilária
Porque faz parte da dicotomia
Onde já farias etapas de tudo
Que estão soltos em livros
Dos quais leiro em gargalhadas.
Meu nome é diversão
E já há confusãos
Pois eu abstraio o fato
E depulho as contendas
Procurando ser verdade
Nesse cordel de fruzuê.