ÁGUAS DE AREIA
Eu sou a vida que passa
Olhando as águas de março
Ao som de tambores e bandolins
Sou eu a vida em poesia primaveras
Rimando sempre a nostálgica lua
Vivendo nos momentos do tempo.
Sou a vida que nasce do caos
E nas imagens vivas renasce
Quase todo santo dia
Querendo o todo renascendo
Na brisa do acalanto manso
Fatigado duna viagem em rio.
Na ribeira ao caos do porto
Não havia havia o mar
Pois eu estava ilhado
Pelas chagas espumante
Do Cristo cego que me fez chorar
Quando a graça se fez onda.
Didi na minha vida é amor
Porque sou eu o vento
Alguém que brinca com a vida
Num oceano de pássaros voando
Pelas florestas de escuras
Onde se esconde as ararás.
Minha vida é-me minha
Um conto de fadas
Numa cidade d'areia
Submergida nos encantos
Que digo poeticamente: Amar...
Assim caminho pelas histórias.
Sou a vida em histórias
Que musicalaliza a caminhada
Pedindo sempre perdão
Entre as flores dessa estrada
Onde como pelegrino caminho
Andando descalço pelo chão.
Sou Deus, Nossa Senhora
Num terço rezado
Em sete mistérios revelados
No santuário em prece
Dando-me o recado em poemas
Para que sempre tenha louvação.
Sou tudo que desejo nesse cordel
Que encontra-se entrelaçados
Nas sinfonias celestiais
Onde anjos declanam em laços
O Credo que eu criei em mente
Andes que o fim chegue em nós.
Ó, milagrosa reza para São José
Mostra-me Maria Mãe de Deus
Diante de eu que bem sei
Da vida que tenho em Cristo
Por milagres consagrados em vida
Para minha Virgem Maria.
Assim disse o céu em silêncio
Para adentrar o santuário
Não seria necessário se repetir
Porque já eu estava no andor
Concluindo minhas preses
Para ir-me embora com fé.
Sou eu o delírio da lira
O toque final dessa canção
Na dança que voa os céus
Rasgando todo esplendor em coro
Mostrando um cordel meio louco
Para sempre rir-se em sinfonia