EU QUERO DIZER EM 360º O QUE É PARA SER DITO
Hoje estou arretado
Numa zueira mental
Nessa terra miserável
De gente acabrunhada
Que para eu não me diz nada
Porque todos são abestalhados.
Eu falo a minha verdade
Que na verdade diz tudo
É só a minha verdade basta
Nesse mundo de “dor”
Onde dizer paga pecado
Sorrir só pode ser desgraça.
Eu digo o que penso
Na minha razão lógica
Dos fatos que eu narro
Sobre a minha vida
Que é-me o principal recado
Para quem desejar ouvir.
Se não me ouvirem
Pouco me importa o motivo
Porque sou eu a verdade
Dessa minha vida alegre
Que clama por justiça
E não vejo nada feito.
Talvez eu seja magnânimo
Por demais ainda sou
Bem lembrado eu dizer
Para essa corja sabe tudo
Pois, não sabem eles da ressaca
De quando a hora certa chegar.
Talvez eu diga em revista
Minha intensa vida
Que clama por justiça
Por saber da calmaria
Onde se forma o vendaval
Por isso é bom ficarem alertas.
Eu não sou de confusão
Pois não entre em boiada
Como dito popular
Pelas esquinas expressada
Como se fosse heroico guerrear
Com gente desconformada
Sou da paz e do amor
Civilizado eu sou
Porque tenho valores
Para civilizar me opressor
Como se ele fosse
Meu aluno da vez.
Lutarei até a vitória
Porque eu tenho razão
E como ninguém me ajuda
Declamo um refrão
Que fala de vingança
Em nome de Deus.
Eu espero o momento
De vê-los sepultados
Num grito de desespero
Perdido com satanás
Pelos infernos sem fim
Pois quem faz comigo paga.
Estou sempre com a verdade
Rezo o terço diário
Vejo em sonho os monstros
Que fazem parte da mentira
E com calma os retiro
Como se ninguém quisesse nada.
Espero na Virgem Maria
Com minha salve Rainha
Ver com os meus olhos
O fato sem cumprido
Dando tudo que é-me de graça.
O Cariri esta seco
Um vale de ossos
Que em água podre
Se desfaz com o tempo
Na morte eterna
Dos olhos d’amas.
Está chegando a primavera
Eu estou me preparando
Um ramalhete para entregar
No dia que eu ver
O litoral molhado
De águas negra.
O agreste chuvoso
Esperando o frio
Que cai como luva
Para castigos d’amores
Em noites turvas
Como beijo em asfalto.
Todos do sertão tende compaixão
Rezem por eu e mais nada
Pois, se a romaria é de graça
Eu andarilho caminho
Dando o ar de minha graça
No fio da navalha.
Sempre falei a verdade
E todos me julgaram
Fizeram o que fizeram
E querem que não diga
O que penso dessa historia
Que tem até histórico.
Continuem me a me chamar de tolo
Louco, maluco beleza e tanto faz
Porque quando menos esperarem
Eu mostro o meu cartaz
E com umas gargalhada
Eu digo como se faz.
Não pensem que eu sou besta
Não subestimem minha inteligência
Quero ver o que vão fazer
Os perdidos dessa mentira
Quando minha verdade vier
Em forma revolta de mar.
FIM