CONTRA-MÃO

I

A moça vestia rosa

Para chamar a atenção

pela vila São João

Com sua inocência

Nos lábios o sorriso

Sem maldade no olhar.

II

Os brotos paqueravam-na

E ela não percebia

Porque só tinha olhos

Para seu noivo Tobias

Que era um brucuto

Sem nenhuma educação.

III

A moça tinha um gatinho

Chamado Fany Dumont

Que era muito peludinho

E que todos espiravam

Enquanto ele miava

Para chamar atenção.

IV

Seus olhos verdes

Boca vermelha de baton

E sua pele de jambo

Causava sensações

Que deixava Tobias no ar

Porque ele só pensava em amava.

V

Um dia de manhã

A moça foi trabalhar

Com muitos sonhos

Para poder realizaçr

Pois queria sua liberdade

para não mais depender.

VI

Tobias se preocupava

Pois não gostava da opinião

Então ela dizia:

“Não preciso de sua opinião.”

Tobias ficava triste

Por isso acabou a paixão.

VII

Ela ficou feliz pela decisão

Pois amava Jerônimo

Seu patrão solteirão

e com um bom tempo

ela se casou com o patrão

se tornou patroa da ocasião.

VIII

Com a solidão Tobias pediu perdão

E foi-se embora para o interior

Com sua nova paixão

Chamada de Carmosina

Filha está de um fazendeiro

Dono de milhões.

IX

A moça foi morar

Na área nobre da cidade

Com seu querido maridão

Que era todo prosa

Fazendo-a feliz

Por ter realizado seu sonho.

X

A moça agora era madame

Logo teve dois bebes

Um menino e uma menina

Para alegria trazer

Para o casal apaixonado

Que viviam felizes.

XI

Carmosina que era linda

Começou a ensinar

E tinha como aluno

Seu marido Tobias

Que começava a mudar

Para melhor se adaptar.

XII

Na contra-mao dessa historia

Ninguém pode opinar

Pois se o amor existe

Ninguém deve forçar

Pois em contos de fadas

Termina com o amor no ar.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 27/10/2022
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