PÁTRIA MÃE, RESPONDE A EU.
Pátria mãe responde a eu
O que será deste Brasil
O ódio entre as pessoas
São as mais severas que se viu
Estamos virando animais
Não nos respeitamos mais
Acabou respeito e brio?
Pátria mãe responde a eu
Que tipo de humanidade
Briga, ofende e até mata
Com tanta simplicidade
Porque o amor foi-se embora
E o bem querer sem demora
Sumiu do campo e da cidade?
Pátria mãe responde a eu
O que será que por vir estar
Desemprego, fome doença
Sem ter como se tratar
Querem acabar com o SUS
Nesse instante só Jesus
Quem poderá nos salvar
Um presidente desrespeitoso
Milicianos a comandar
Fazem gestos de arminhas
Mirando pra atirar
Propagando a violência
Quantas vidas na inocência
E balas perdidas foram buscar?
Pátria mãe responde a eu
Será que isso vai mudar
Ou chega ser utopia
Pra nós poder acreditar
E ter O orgulho no peio
Bradando: AINDA TEM JEITO
O BRASIL VAI MELHORAR
Pátria mãe responde a eu
Como agirá o senado
Se teremos defensores
Pra ficar do nosso lado
Ou a doença predomina
Com despejos de propina
Pro pobre ser enganado?
Pátria mãe responde a eu
De forma imparcial
Será que assim agirá
O Supremo Tribunal
Ou já está corrompido
Aos desmandos já vendidos
Como dizem no jornal?
Sem maioria de Senadores
Ou da Câmara federal
Como o próximo Presidente
Governará afinal
Se o silencio dos cem anos
Torceu de vez nossos planos
De todo orgulho nacional?
Pátria mãe responde a eu
Mas com muita sinceridade
A Direita é massacrante
Arrocha barbaridade
E o povo esquerdista
Na maioria que é artista
Lutará por nós de verdade?
Casa própria ou aluguel
Vestuário e comida
Remédio, emprego, diversão
Como será a nossa vida
O que será do futuro
Se no presente estou inseguro
Que será da pátria querida?
Eu vou votar consciente
Pois tenho a convicção
Deixando assim de lado
Toda e qualquer paixão
Sem nome por predileto
Eu quero votar no que é certo
Pra devolver minha nação.
Pátria mãe perdoa o povo
Se assim não souber votar
Se escolher o pior
A coisa irá piorar
Será triste o tormento
Mais 4 anos de sofrimento
Minha gente não vai aguentar
Olha os preços das coisas
Combustível, alimentação
A fome voltou assustar
No litoral e no sertão
As ruas hoje assustam
Pois balas perdidas buscam
Corpos que dormem no chão
Pátria mãe responde a eu
Nesse meu verso inocente
Me diz como será a vida
Desse povo, da tua gente
Que amarga sonho e castigo
Vivendo tão perseguido
Restando o sonhar somente
Pátria mãe responde a eu
Se minha gente vai ser feliz
Se terá como no passado
A vida que ela quis
Se eu verei aqui de novo
Buscando assim um renovo
Num Brasil de outros Brasis
Pátria mãe responde a eu
E se eu me decepcionar
De toda luta travada
Sonhando meu país mudar
E cair no ridicularismo
Entenda não é pessimismo
É só um jeito de perguntar.
Pátria mãe agora eu peço
Que de mim ninguém caçoe
Se der errada minha escolha
Se possível, me perdoe
Mas por amor ao meu país
Faz nossa gente feliz
E que Deus nos abençoe
Pátria mãe eu agradeço
Toda essa inspiração
Pra falar do meu país
Chega me dá emoção
Meu berço e meu lugar
Terra que sempre irei amar
Com orgulho e devoção
E assim findo a narrativa
Com amor e esperança
Com certeza na vitória
Que o povo não se cansa
De correr para encontra-la
E de perto abraça-la
Com a ternura de uma criança
Carlos Silva – poeta, cordelista e cantador, compositor, historiador e biografo.
(75)99883-0637