A ESTÁTUA DE BRONZE É O RETRATO DO POETA DE OURO QUE MORREU
Mote: Jairo Silva & Jeferson Silva
Glosa: Carlos Silva
De Valdir o Brasil sente saudade
Seu versar faz falta na cantoria
Tá de luto nossa eterna poesia
Conhecendo nossa própria orfandade
Depois dele mudou nossa realidade
Triste fato foi o que se sucedeu
Ao lembrar cada verso que era seu
Tenho em mente o dia daquele ato
A estátua de bronze é o retrato
Do poeta de ouro que morreu.
Foi a triste partida nordestina
Igual fez Patativa do Assaré
Veja bem nossa sorte como é
E do jeito que a vida determina
Mas a sua história não termina
Por aqui ainda ouve um verso seu
A poesia dele sempre enalteceu
Branco preto mameluco e mulato
A estátua de bronze é o retrato
Do poeta de ouro que morreu.
Que a paz da saudade seja pura
Que a alma descanse em sua paz\
Pois mostrou que aqui foi bem capaz
De divulgar com zelo e postura
Essa nossa riqueza de cultura
Que o Brasil e o mundo conheceu
Valdir Teles, com todo talento seu
Demonstrou que na rima tem bom trato
A estátua de bronze é o retrato
Do poeta de ouro que morreu.
Quando parte um poeta a alma voa
A palavra toma logo novo rumo
E espalha em escritas de resumo
Mas o dizer do vate não é atoa
Numa glosa, de um bom mote sua loa
Vão alegrando aquele que conheceu
Que o verso que um Mestre concebeu
É o seu bom penhor que fica grato
A estátua de bronze é o retrato
Do poeta de ouro que morreu.