A TRAGÉDIA DA CHUVA EM PERNAMBUCO!!!
Óh! Deus, pedimos ajuda
Pra suportar com firmeza
E enfrentar resignado
A força da natureza
Causada por essa enchente
Que fez morrer muita gente
E causar tamanha tristeza.
Precisamos com certeza
Dessa proteção divina,
Para enfrentar a tragédia
Que há tanta gente elimina
Perdem bens materiais
Os móveis e animais
Que a chuvarada extermina.
A família nordestina
Que já é prejudicada
Com a seca que castiga
E agora com a enxurrada
Com seu forte conteúdo
Que está devastando tudo
Depois dessa chuvarada.
E a classe flagelada,
Que mora numa barreira
Quando o céu fica nublado
Tem que sair na carreira
Porque o deslizamento
Virá a qualquer momento
Lá do topo da ladeira.
É de forma traiçoeira
Que on flagelo se comporta
Quando chega de repente
E a força ninguém suporta
Nosso povo não aguenta
E a cada hora lamenta
Ao ver tanta gente morta.
O governo não se importa
Em fazer a prevenção,
Nem mesmo um muro de arrimo
Para que haja contenção
Em forma de segurança
Para trazer a esperança
Pra toda população.
É de cortar coração
Ver a barreira cair
Soterrando aquele povo
Que se quer pode sair
E fica desesperado
Lamentando desolado
Vendo o que tem sucumbir.
Sem saber para onde ir
Fica triste acabrunhado
Por perder sua casinha
E ficar desabrigado
Vai pra casa de um parente
Ou então vira indigente
Num abrigo do Estado.
Do seu casebre afastado
Sentindo a cruel sequela
Vivendo de caridade
Sem comida na panela
Tem motivo para chorar
E muito se lamentar
Da situação singela.
O que mora na favela
Tem a vida amargurada
Tanto o que mora no morro
Ou quem vive na baixada
Um sofre o deslizamento
Que causa medo de tormento
E outro com a rua alagada.
Mesmo na pobre morada
Com a vida que lhe condiz
Vivia bem satisfeito
Com os seus pobres perfis
Sempre era alegre e ativo
Tendo bastante motivo
Para viver bem feliz.
Vida boa sempre quis
Mas falta a oportunidade
Pra viver condignamente
Sem passar necessidade
Sem a ninguém está devendo
Vivendo livre e fazendo
Tudo que tiver vontade.
Naquela comunidade
A vida é amargurada
Em total desassistência
Pela elite ignorada
Vivendo de modos críticos
Pois os gestores políticos
Por eles não fazem nada.
Quem tem a vida abastarda
Do morro nem olha os danos
Aquele povo carente
Só vai entrar nos seus planos
Para que entre em ação
Em época de eleição
Que é de quatro em quatro anos.
Esses seres desumanos
São mestres na traição
Chegam com um largo sorriso
Te abraça e aperta a mão
Sem demonstrar preconceito
Porém depois que é eleito
Ali não volta mais não.
É bom prestar atenção
Você que é eleitor
Não caia fácil na lábia
De um sujeito sem pudor
Que hoje vem te visitar
Quando a eleição passar
Ninguém vê esse senhor.
Em completo desamor
O candidato votado
Ao saber que foi eleito
Fica bem acomodado
Ignorando o votante
Que o elegeu confiante
Que ia ser representado.
Não será recompensado
E nem terá vez ou voz
Pois o pai nosso político
Só vai até venha a nós
E as promessas constantes
Que os mesmos fizeram antes
Não se cumprirão após.
Com o seu instinto atroz
Nada fará por ninguém
Pois só o saldo bancário
Agora é que lhe convém
Desfrutando as regalias
Vai viver de mordomias
Só quer mesmo é se dar bem.
Agora que o mesmo tem
Dinheiero, força e poder,
Uma boa moradia
Gozando de bom lazer
Sem ter quem perturbe ele
Não vai se lembrar daquele
Que só vive a padecer.
Agora só vai querer
Do pobre se aproximar
Noutra campanha política
Pra dele se aproveitar
Já que o voto lhe interessa
Fazendo falsa promessa
Consegue ao povo enganar.
Vendo a desgraça chegar
Ele sequer acha ruim,
Porque a calamidade
Servirá de trampolim
Pra verba chega ao bolso
Depois de tanto alvoroço
Nada faz, é sempre assim.
Acho que esse festim
Precisa ser combatido
O povão tem que acordar
E não ficar constrangido
Temos que fazer cobrança
Pra que haja uma mudança
No código estabelecido.
Meu Pernambuco querido
Lamento a situação
E apelo pra os gestores
Da administração
Que façam planejamento
Pra por fim em cem por cento
Nessa tremenda aflição.
Carlos Aires
31/05/2022