Formoso recanto

Um divino mussitar

É o som da natureza

É infinita beleza

Transbordando nesse altar

Das águas o arrulhar

Inebria os meus sentidos

Lembro-me dos tempos idos

Da minha tenra infância

Da mais suave fragrância

Sabor dos frutos colhidos

 

Nesse formoso recanto

Pés firmado em frio chão

Ouvindo uma canção

Envolta em verde manto

Dessa água o encanto

Da cachoeira a neblina

Doce água cristalina

Dos matagais o Frescor

O encanto do beija-flor

Paraíso entre as colinas

 

Carícias de um vento brando

No meu refletir profundo

Absorta nesse mundo

De belezas aflorando

Os arcanos orvalhando

Sobre as águas energia

Vem uma doce magia

E envolve todo o meu ser

Fazendo resplandecer

Toda a glória desse dia

 

Um reflexivo momento

E no qual, me sinto em paz

Um vento elísio me traz

Descanso e contemento

É um doce sentimento

De ternura e de carinho

Bem no cerne desse ninho

De beleza e encantamento

 

Nesse momento de luz

Sinto-me feliz e plena

Ao som dessa cantilena

Que a natureza traduz

O sublime me conduz

Sob a dádiva das primícias

Por caminhos de delícias

Na serenidade da calma

Que enche a taça da minha alma

De afagos e carícias

 

Kainha Brito

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Domingo 27/03/22

23:33

Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 01/04/2022
Reeditado em 17/04/2022
Código do texto: T7485583
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