Formoso recanto
Um divino mussitar
É o som da natureza
É infinita beleza
Transbordando nesse altar
Das águas o arrulhar
Inebria os meus sentidos
Lembro-me dos tempos idos
Da minha tenra infância
Da mais suave fragrância
Sabor dos frutos colhidos
Nesse formoso recanto
Pés firmado em frio chão
Ouvindo uma canção
Envolta em verde manto
Dessa água o encanto
Da cachoeira a neblina
Doce água cristalina
Dos matagais o Frescor
O encanto do beija-flor
Paraíso entre as colinas
Carícias de um vento brando
No meu refletir profundo
Absorta nesse mundo
De belezas aflorando
Os arcanos orvalhando
Sobre as águas energia
Vem uma doce magia
E envolve todo o meu ser
Fazendo resplandecer
Toda a glória desse dia
Um reflexivo momento
E no qual, me sinto em paz
Um vento elísio me traz
Descanso e contemento
É um doce sentimento
De ternura e de carinho
Bem no cerne desse ninho
De beleza e encantamento
Nesse momento de luz
Sinto-me feliz e plena
Ao som dessa cantilena
Que a natureza traduz
O sublime me conduz
Sob a dádiva das primícias
Por caminhos de delícias
Na serenidade da calma
Que enche a taça da minha alma
De afagos e carícias
Kainha Brito
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Domingo 27/03/22
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