ASSUSSEGANDARIANDO
Aprumei os zoios na estrada
cum sordade de Rosinha,
aquela morena minha
Das cadeiras tão delgada
Eu já não penso mais nada
Quando estou do seu lado,
tem um corpo torneado
que a todo mundo fascina,
é ela quem determina
a hora do nosso esfregado
Nos beiços da camarinha
La a gente se atropela
Quando tô inriba dela
Ela diz que é toda minha
Que vontade que eu tinha
De ir correndo pra casa
Arrastando logo a asa
Me deitar numa esteira
Pra gente fazer besteira
Ardendo feito uma brasa
Meu sertão é todo assim
Cuma flor de arueira
Em cada pau de purteira
Ou num gaio de alicrim
Isso tudo é para mim
O retrato do sertão
Onde minha gratidão
Nunca será esquecida
Faz parte da minha vida
O meu pedaço de chão
Por não está ocupado
traço meu versar bonito
É nisso que acredito
Quando fico despachado
Os fazer deixo de lado
Pra não me causar fadiga
Chega dá dor de barriga
Quando penso em movimento
Me deito por um momento
Para não causar intriga
Carlos Silva