ASSUSSEGANDARIANDO

Aprumei os zoios na estrada

cum sordade de Rosinha,

aquela morena minha

Das cadeiras tão delgada

Eu já não penso mais nada

Quando estou do seu lado,

tem um corpo torneado

que a todo mundo fascina,

é ela quem determina

a hora do nosso esfregado

Nos beiços da camarinha

La a gente se atropela

Quando tô inriba dela

Ela diz que é toda minha

Que vontade que eu tinha

De ir correndo pra casa

Arrastando logo a asa

Me deitar numa esteira

Pra gente fazer besteira

Ardendo feito uma brasa

Meu sertão é todo assim

Cuma flor de arueira

Em cada pau de purteira

Ou num gaio de alicrim

Isso tudo é para mim

O retrato do sertão

Onde minha gratidão

Nunca será esquecida

Faz parte da minha vida

O meu pedaço de chão

Por não está ocupado

traço meu versar bonito

É nisso que acredito

Quando fico despachado

Os fazer deixo de lado

Pra não me causar fadiga

Chega dá dor de barriga

Quando penso em movimento

Me deito por um momento

Para não causar intriga

Carlos Silva

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 11/11/2021
Reeditado em 11/11/2021
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