CORDEL DE PROMESSA
CORDEL DE PROMESSA
Eram forcas em sisal,
Feito couro de bicho,
Mas levava ao Aral,
Tanto gente ou lixo,
Mas o lodo foi de sal,
Como escrito em jornal,
Ou num texto prolixo.
Foi nos tempos lendários,
Que o capeta mostrou,
Mas não foram templários,
Que a guerra esboçou,
Pois o homem de volta,
Com chinelo ou a bota,
No deserto cansou.
Já não tinham esperança,
Depois de quarenta anos,
Se o pedido com a dança,
Foi o sol lhes queimando,
E a água que restou,
Tá no poço ou secou,
Com a sede avançando.
Mas o rastro na areia,
Fez o vento sumir,
Pois foi mar da sereia,
Na miragem a fugir,
E o delírio clamando,
Ou Moisés reclamando,
De um boi a iludir.
E o povo com a fome,
Tendo sol sobre o lombo,
Lembra que velho come,
Mesmo tendo um dono,
Pois o Egito castigava,
Mas o trigo lhes dava,
Mesmo a fé caducando.
Vai e vem, povo é fraco,
E sucumbe em um sonho,
Pois o bêbado quer trago,
Mesmo que sinta sono,
E só vai se matar,
Sem juízo e sem lar,
No festejo do engano.
E a promessa que há,
Serve só pra quem crer,
E confessa sem olhar,
Pois só vê quem quer ver,
Se é preciso encontrar,
Pois o Céu é um lugar,
Para quem merecer.
CORDEL DE PROMESSA
Eram forcas em sisal,
Feito couro de bicho,
Mas levava ao Aral,
Tanto gente ou lixo,
Mas o lodo foi de sal,
Como escrito em jornal,
Ou num texto prolixo.
Foi nos tempos lendários,
Que o capeta mostrou,
Mas não foram templários,
Que a guerra esboçou,
Pois o homem de volta,
Com chinelo ou a bota,
No deserto cansou.
Já não tinham esperança,
Depois de quarenta anos,
Se o pedido com a dança,
Foi o sol lhes queimando,
E a água que restou,
Tá no poço ou secou,
Com a sede avançando.
Mas o rastro na areia,
Fez o vento sumir,
Pois foi mar da sereia,
Na miragem a fugir,
E o delírio clamando,
Ou Moisés reclamando,
De um boi a iludir.
E o povo com a fome,
Tendo sol sobre o lombo,
Lembra que velho come,
Mesmo tendo um dono,
Pois o Egito castigava,
Mas o trigo lhes dava,
Mesmo a fé caducando.
Vai e vem, povo é fraco,
E sucumbe em um sonho,
Pois o bêbado quer trago,
Mesmo que sinta sono,
E só vai se matar,
Sem juízo e sem lar,
No festejo do engano.
E a promessa que há,
Serve só pra quem crer,
E confessa sem olhar,
Pois só vê quem quer ver,
Se é preciso encontrar,
Pois o Céu é um lugar,
Para quem merecer.