“SER POETA TAMBÉM É PROFISSÃO”
Ô Zé.
Larga esse violão, bota os teus pés no chão e vai caçar o que fazer.
Deixa de ser tão otário sem emprego nem salário, como irás sobreviver?
Tu dizes que és poeta, vive assim fazendo versos, sem receber pagamento.
Larga dessa vadiagem se livra dessa bestagem deixa de ser tão jumento.
Antônio de Juão putencio, primo de Jota Clemencio procura um trabaiador.
Corre lá preenche a vaga, cabô o sirviço ele paga, é mió que ser cantor.
Ô Juão
O violão é minha vida, minha paz minha guarida gosto de ser cantador.
Dele faço meu trabaio minha renda e meu salario, por isso sou versador.
De fato sou um poeta, vivo assim fazendo versos mesmo sem ter pagamento, cantando eu faço viagem no peito levo a mensagem sem o menor constrangimento.
Mas se esse Juão putencio primo desse tal Clemencio procura um trabaiador, lhe peço nesse momento, amigo não perca tempo dando conselho a um cantador.
Autoria: Carlos Silva