Remanso Sagrado
Suave, chão dos meus sonhos
Pelas entranhas, da mata
Em meio, a serenata
Sob a orquestra, natural
Deito, meu corpo entre as flores
Distante, dos burburins
Guardada, por serafins
Ouvindo sons divinais
Pensamentos e raízes
Vão pelas veias terrestre
E vai, minha alma silvestre
Adentrando a natureza
Eis, que a vida em ti germina
Meu doce, mundo encantado
Remanso, terno e sagrado
Chão, de infinita beleza
Florescem, os novos troncos
Germinam, novas
sementes
Sagradas, são tuas nascentes
Onde bebem, os passarinhos
Distancio-me, das balbúrdias
E me enfurno, em tuas entranhas
Em teus vales e montanhas
Eu vou fazendo, meus ninhos
Em silêncio, adormecida
Cabeça deitada ao chão
Das frondes, vem a canção
Que entoa, por toda a flora
E quão belo é esse hino
Traz um sublime acalanto
E sob esse lindo, canto
Revivo as bênçãos, de outrora
Kainha Brito
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