TEMPOS DE TEMPORÃ

TEMPOS DE TEMPORÃ

São novos tempos,
De tristes clãs,
Pois vejo os ventos,
Sem um tam-tam,
E os sentimentos,
São tão ciumentos,
Que me dão afã.

E os argumentos,
De uma cortesã,
São "os" pensamentos,
E não só hortelã,
Pois o chá nos conventos,
Se toma nos templos,
Ou junto ao divã.

Então eu comento,
Quando ainda é manhã,
Tudo que é contento,
Se vejo a maçã,
Mas volto ao vento,
E uivo um lamento,
Numa fome pagã.

Mas os documentos,
Como no Vietnã,
São emolumentos,
De um leviatã,
E os dias cinzentos,
São outros quinhentos,
Se a fé for anã.

E o jogo tem tempos,
E meu time tem fãs,
E é mais que um tento,
Se vencer em Le Mans,
Pois com o cruzamento,
De veloz com o lento,
Vem safra temporã.

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