O poente

O poente sobre o meu existir

Transpondo raios por todo o meu ser

Meu cerne a se enternecer

Devaneia o meu pensar no porvir

Vislumbro teu olhar no céu fulgir

Raios que lembram a nossa paixão

Quando você me deixava sem chão

Saudade dos momentos de carinho

No terno aconchego do nosso ninho

Onde o prazer teve sua explosão

Desolada sobre o cás da saudade

Todo o meu ser projetado no céu

Sobre o por do sol nesse rubro véu

Minha alma perdida na eternidade

Olhar distante sem alacridade

Mente buscando o amor de outrora

Mas que ainda hoje em mim aflora

Raios poentes desse sol dourado

Digam-me onde está o meu amado

Eu o aguardo como a luz da aurora

Não existo enquanto peregrino

Pois saio de mim e me largo sozinha

Alheia ao que de mim se avizinha

O tempo é audaz ligeiro e felino

Quem sabe tratou com o meu destino

E levou meu amor

Para longe de mim

Deixando uma saudade sem fim

Daquele poeta, homem garboso

Meu príncipe encantado e primoso

Lirio do campo flor de alecrim

Te vejo no horizonte desenhado

E vejo teus lábios em volta do sol

O teu sorriso adorna o arrebol

Nasce em tua boca a flor do serrado

Oasis de ti no etéreo

Sagrado

Afago o horizonte com meu olhar

Como sendo o teu rosto no universo

Inspirando-me a escrever mais um verso

Nesse rubro painel crepuscular

Kainha Brito

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Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 18/08/2020
Código do texto: T7039575
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