Um quase cordel em cinco septilhas para D’Artagnan

Numa ensolarada manhã
com seu jeito aventureiro
todo faceiro, sempre feliz
partiu o nobre D’Artagnan
E seus três mosqueteiros
d'Athos, Porthus e Aramis
fizeram uma poesia de fã

Algo tipo, garra d'um imã
pra colar o seu paradeiro
que arruaceiro assim quis
Assim, pra lá de Aldebarã
foi na carona do barqueiro
dando asas a sua boa raíz
como que feito um jaçanã

Uma carta sem a coisa vã
só adeus amigo, seresteiro
ao parceiro de atos gentis
que cantava a Tupi e Tupã
em belo e rico cancioneiro
D'um vazio pras coisas vis
mas com cheiro de maçã

Partidas as vezes são sãs
pois há quem trace roteiro
ao luzeiro que é luz em bis
E por aí, Mu ou Chan Chan
com o espírito aventureiro
foi por Lemúria, Z ou Paris
pois a vida é afora do ecrã

Assim refeito com todo elã
nosso peito em texto ligeiro
partiu ao multiverso de giz
na esperança, fada castelã
do vento solar, mensageiro
expressar o quanto que diz
nossa saudade, agora irmã



29-03-2020
13h51min


D’Artagnan seria o nome do meu cão, Odin... então, aqui presto mais uma homenagem a esse companheirão que se foi no dia 24/03/2020.

Abraços, amigão.
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 08/04/2020
Reeditado em 27/07/2020
Código do texto: T6910387
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