COVID-19. MATA RICO E POBRE
No meio de tanta agruras
Lamento sem decisões
Trago cá as conclusões
Avessos e desventuras
Catastrofes nas criaturas
Cada espirro um lamento
Segue o tédio, sofrimento,
Da humanidade hodierna,
Juntos na mesma caverna
O relato do momento!
Dois mil e vinte, ostento,
É março eu cito o mês
O dia é vinte e três
Pra escrever me assento.
No início do tormento
Eu tentei ficar calado,
Mais ta tudo nivelado
Cada um diz o que pensa...
O mundo me dê licença
Pro meu cordel ser lançado!
Quem tem o dia marcado?
Só Deus quem tem assa lista,
O rico que compra avista
Também tá embaraçado.
Nem avista e nem fiado
O traste vírus se vende,
Cada espirro se rende
E tende a se espalhar....
Na classe que encontrar,
A sua prole se estende!
Quem é sábio se defende,
Se isola e se esconde....
Em casa, pois é a onde,
A esperança se ascende,
O mais simples compreende,
O arrogante se afasta.
A epidemia se alastra
Em busca dos displicentes
Tragando inté inocentes
Que estam fora da pasta.
COVID-19, a casta!!
Maldição da humanidade,
Contaminando cidade,
Por onde passa arrasta...
Quem não entende contrasta
Não faz mal, é anarquia!!
Mas não se soma a quantia...
Dos mortos de mundo afora
Triste de quem ignora
Expondo sua fatia!!
E segui a agonia,
Muita expectativa,
A morte se sente ativa,
A ânsia mais se afia...
Matar centenas por dia!
É esse o seu preparo,
Só quem impede declaro;
São os cuidados que tenho,
Quanto mais eu me empenho,
Mais me livro do seu faro!!
Não escolhe quem é claro,
O negro ela inclue.
Associação possue,
O vírus é seu preparo...
Sem direito a um reparo,
Extermina em poucas horas
Menino, homens, senhoras
Qualquer classe social....
Trata todo mundo igual,
Sem perguntar onde moras!!
Sem sentimentos devoras,
Proclamando impiedades.
Desertando as cidades,
Afugentando as auroras....
Que sem chances de melhoras,
A pandemia só cresce,
Enquanto o Brasil parece
Em um descaso total
Até quem era imoral
Caça Deus com sua prece!!
Cada morto que aparece,
O Corona leva a culpa...
O estado se desculpa,
E segue com seu revesse.
Quando um viral padece,
Não se sabe quem matou....
O fracasso se alastrou,
Na saúde do Brasil....
Entrando pelo funil!
Agora é que piorou...
Todo mundo se igualou,
Ficou de um tamanho só,
Do medo de virá pó...
Nem um forte retrucou,
O senário que ficou,
É o mesmo do presente,
Tanto pra trás ou pra frente....
São relatos de ruínas,
Atraso das heroínas,
Autoridades da gente!!
Fracasso do Presidente,
Da nossa federação,
Em passadas de anão...
Com Quadros de delinquente,
Largando sua patente...
Sem saber o que é largar,
Fracassando sem notar,
O povo morrendo a míngua,
Basta uma simples íngua,
Já é capaz de matar!!
Prefiro finalizar.
Outro dia voltarei,
Retorno onde parei...
Já que preferi parar.
Agradeço a quem estar
Indo em busca dos doentes
Lembrando os mais fluentes,
Tentando vencer a morte...
Os MÉDICOS, nossa sorte!
Nem medo da morte sentes!!