NELSON RODRIGUES EM PARATY
NELSON RODRIGUES EM PARATY
Viajei desde Natal,
das margens do Potengí.
Para a Oficina de Crônicas,
da FLIP de Paraty.
Com seu Joaquim Ferreira,
e Arthur Dapiéve, primeira,
p’ro poeta do Carirí.
Quando saí da Oficina,
me dispus a procurar.
E pasmem, Nelson Rodrigues,
consegui logo encontrar.
Junto a um carrinho de doces,
me avistou, gritou: Danou-se!
Então veio me abraçar.
Fiquei pregado no chão.
Estático, alí parado.
Dando total atenção,
ao grande homenageado.
Espiritualmente alí,
numa esquina de Paraty,
fui pelo Nelson abraçado.
Depois saí caminhando,
palmilhando aquele chão.
Em todo canto avistei,
o Nelson dando com a mão.
Em toda esquina ele estava,
sorrindo enquanto acenava,
agradecendo ao povão.
No artesanato dos índios,
nas pedras do calçamento,
nas performance dos músicos,
em cada um dos instrumentos.
Em cada um dos habitantes,
em cada um dos visitantes,
Mestre Nelson é complemento.
Para onde a gente olha,
mentalmente a gente o vê.
É mais real que miragem,
isso se explica porquê;
quem se encontra por aqui,
vê que a FLIP em Paraty,
seu Nelson, é toda você...
Roberto Coutinho da Motta ( Bob Motta )
Da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte
Da União Brasileira de Trovadores – UBT – RN
Do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Do Instituto Histórico e Geográfico do Cariry
Da Comissão Norte-Riograndense de Folclore
Da União dos Cordelistas do Rio Grande do Norte - UNICODERN
Do Instituto Histórico e Geográfico do Cariry-PB.