Levanto-me
Ainda subindo a ladeira
Na estrada dessa vida
Por entre as brancaas roseiras
Tantas vezes sou ferida
Às vezes sou triste flor
Versando em páginas de dor
Mas não me dou por vencida
Levanto-me dos tombos
Que levo pelo caminho
Retiro de mim os escombros
E me faço passarinho
Para voar pelo horizonte
Beijar as flores, tocar os montes
E nos galhos, fazer meu ninho
Minha alma é poetisa
E vive em contos de fadas
Em devaneios se realiza
Saúda as noites enluaradas
Por mundos tão distantes
Vão seus delírios gritantes
Permeando as madrugadas
Assim, em nenhuma prisão
Minha alma se detém
Seguindo minha imaginação
Do mundo real se abstém
Envolta em músicas celestes
Valseia em campos silvestres
E exultante transpõe o além
Kainha Brito
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