Levanto-me

Ainda subindo a ladeira

Na estrada dessa vida

Por entre as brancaas roseiras

Tantas vezes sou ferida

Às vezes sou triste flor

Versando em páginas de dor

Mas não me dou por vencida

Levanto-me dos tombos

Que levo pelo caminho

Retiro de mim os escombros

E me faço passarinho

Para voar pelo horizonte

Beijar as flores, tocar os montes

E nos galhos, fazer meu ninho

Minha alma é poetisa

E vive em contos de fadas

Em devaneios se realiza

Saúda as noites enluaradas

Por mundos tão distantes

Vão seus delírios gritantes

Permeando as madrugadas

Assim, em nenhuma prisão

Minha alma se detém

Seguindo minha imaginação

Do mundo real se abstém

Envolta em músicas celestes

Valseia em campos silvestres

E exultante transpõe o além

Kainha Brito

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Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 20/10/2019
Código do texto: T6774764
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