Ela mulher de prenda
Cuida dos filhos e das bainhas
Sempre deixa as roupas
Bem rente ao corpo
Com seus pontos precisos
Se fosse uma estilista seria de Alta costura.
Envolto a agulhas e máquinas
Ela costura
Um dia descobriu
Um batom no colarinho do marido
Foi ao acaso, um fio estava solto
Começou a assuntar
Com as mexeriqueiras descobriu
De quem se tratava
Azinha...
Mas o ódio era do marido
Sempre foi mulher
Prestativa, e do fogo
Por qual razão veio a galhar?
O homem estava dormindo
Ela chegou de mansinho
O ódio tomou conta dela
Iria se vingar
Na cama do casal pegou a tesoura
A do corte preciso
Seria este o material
Pra capar?
Ele roncava
Feito um porco
Ela olhava pro seu macho
E via a cena
Todas as mexeriqueiras
Bulinando-a na feira
Pensou:
– Não não vou capar
Sou boa na agulha
Vou furar
Ela tirou a mais fininha da almofadinha
Era aquela que iria usar
Ele roncava
Ela chegou o metalzinho
Bem de mansinho
Na pálpebra do olho
E pensava
O quanto seria bom
Furar os olhos
Daquele malandro
Ele puxou a coberta
Ela se assustou
O metal encostou
Saiu um pouco de sangue
O marido acordou
Ela saiu correndo
Era muita indignação
O marido foi na sala
Ela fazia crochê
Na dissimulação
Perguntou o que havia acontecido
Pois um mosquito lhe picou
A mulher deixou o novelo
Olhou pro marido
Colocou a língua pra estancar o sangue
Olhou no fundo dos olhos
Do safado e disse:
– Seu zoiudo!
Mas com Azinha
Ela usou a tesoura mesmo.
Cuida dos filhos e das bainhas
Sempre deixa as roupas
Bem rente ao corpo
Com seus pontos precisos
Se fosse uma estilista seria de Alta costura.
Envolto a agulhas e máquinas
Ela costura
Um dia descobriu
Um batom no colarinho do marido
Foi ao acaso, um fio estava solto
Começou a assuntar
Com as mexeriqueiras descobriu
De quem se tratava
Azinha...
Mas o ódio era do marido
Sempre foi mulher
Prestativa, e do fogo
Por qual razão veio a galhar?
O homem estava dormindo
Ela chegou de mansinho
O ódio tomou conta dela
Iria se vingar
Na cama do casal pegou a tesoura
A do corte preciso
Seria este o material
Pra capar?
Ele roncava
Feito um porco
Ela olhava pro seu macho
E via a cena
Todas as mexeriqueiras
Bulinando-a na feira
Pensou:
– Não não vou capar
Sou boa na agulha
Vou furar
Ela tirou a mais fininha da almofadinha
Era aquela que iria usar
Ele roncava
Ela chegou o metalzinho
Bem de mansinho
Na pálpebra do olho
E pensava
O quanto seria bom
Furar os olhos
Daquele malandro
Ele puxou a coberta
Ela se assustou
O metal encostou
Saiu um pouco de sangue
O marido acordou
Ela saiu correndo
Era muita indignação
O marido foi na sala
Ela fazia crochê
Na dissimulação
Perguntou o que havia acontecido
Pois um mosquito lhe picou
A mulher deixou o novelo
Olhou pro marido
Colocou a língua pra estancar o sangue
Olhou no fundo dos olhos
Do safado e disse:
– Seu zoiudo!
Mas com Azinha
Ela usou a tesoura mesmo.
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