CHAPÉU DE COURO É FÁBULA
NA CABEÇA DE CABRA MACHO
 
Chapéu de couro é alegoria
Do povo que professa a sorte
Que vive na região do Norte
Que Lampião é sua idolatria
Padre Cícero é a fé e carestia
Onde coiteiro é só capacho
Onça bebe água no riacho
E com arretado não se bula
Chapéu de couro é fábula
Na cabeça de cabra macho.
 
Se você foi bem alertado
Não bula com nordestino
Ele logo toma seu destino
E nunca fica aperreado
Sabe que foi predestinado
Nem macumba e despacho
Vai lhe fazer um esculacho
Nem deixar sua razão nula
Chapéu de couro é fabula
Na cabeça de cabra macho.
 
Não é um cabra afobado
Que desmerece um nortista
Cheio de lero e extremista
Se achando besta do achado
Sem ordem caindo de rogado
Usa mídia e justiça de capacho
Até juiz para fazer despacho
Para prender o aguerrido Lula
Chapéu de couro é fábula
Na cabeça de cabra macho.
 
Se chapéu de couro falasse
Não ia na bola de qualquer um
Como zangão fazia zum zum
E que ninguém o calasse
Ele é nobre e tem muita classe
Não pode sofrer embaraço
Na cachola de um palhaço
Que faz papel de mula
Chapéu de couro é fábula
Na cabeça de cabra macho.
 
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 24/07/2019
Código do texto: T6703633
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.